Escrever me acalma. Então estou escrevendo esse post com o simples intuito de ficar mais calma. Não são dicas, não são sugestões. É um desabafo de mim para comigo mesma: se quiser para de ler por aqui, sinta-se à vontade. Mas leve a mensagem final: se um dia ouvir falar em uma agência de turismo chamada SBTur, corra e fuja o quanto puder. Feito isso, um tchauzinho pra quem desistiu. Andiamo... pra quem ficou.
Existe gente sem experiência nesse mundo: e isso eu entendo. Eu mesma sou nova no meu trabalho e as pessoas se esmeram em me explicar o que preciso aprender. E eu me esforço pra fazer bem feito: e se não sei como fazer, pergunto pra quem sabe. Mas existe também gente burra, preguiçosa e de má vontade: e pra esse tipo de gente, eu não tenho paciência. Em geral eu não tenho muita paciência – embora alguns dos meus amigos mais queridos digam que eu tenho uma paciência de Jó... eles não são fontes confiáveis o bastante pra afirmar isso (gostam de mim como eu sou mesmo, então viram suspeitos. Suspeitíssimos). Mas confesso que esta semana a minha foi testada ao limite.
Minha mãe, toda fofa – e apertando as contas até onde pode – nos deu de presente as passagens para o Brasil, para passarmos uma temporada por lá entre o fim do mestrado e o começo do doutorado. Como ela queria fazer as coisas parceladas – já que a conta de dois marmanjos de lá pra cá no oceano é bem grande, decidiu fazer por uma agência de turismo da cidade com a qual ela já havia negociado antes.
Bom, eu mandei uma série de opções maleáveis de ida e volta (horários e mesmo trajetos), com o pedido encarecido de que as sorridentes vendedoras da agência (ao menos penso que devam ser, já que só tratei com elas por e-mail e MSN) conseguissem um voo com franquia de duas malas por passageiro (mesmo que de 23kg, padrão para voos saindo da Europa) ou me passassem o custo de uma mala extra por pessoa, caso não conseguissem.
Depois de uma semana de e-mails indo e voltando com as opções mais bizarras do mundo – e a afirmação cabal de que não existiam voos com duas malas – eu perdi a paciência pela primeira vez e fui procurar o voo que eu queria. Pela TAP, já fica a dica, a franquia é sempre de duas malas: liguei antes para confirmar! Mandei um e-mail no modelo “à prova de idiotas”. Quero o voo numero tal, da companhia tal, que sai dia tal, hora tal (para todos os roteiros). Recebo a proposta orçada, com voos trocados, uma mistura de TAP e Lufthansa (que me tiraria a franquia de duas malas de porão) e com conexões de 50 minutos em aeroportos internacionais da Europa. Isso mesmo: 50 minutos entre o horário de pouso do voo A e a decolagem do voo B. Eu ri. Eu chorei. Eu me descabelei.
Como assim, 50 minutos de conexão para atravessar um aeroporto gigante? E... mesmo que eu passe os próximos três meses treinando maratona diariamente e aumente minhas chances, alguém ai me conta uma única história de conexões tão curtas em que a mala foi trocada perfeitamente de avião... Se tiver uma, vou imprimir e colocar ao lado dos livros de contos de fadas...
Depois de mais uma coleção de e-mails discutindo e dizendo que tudo o que eu queria eram os voos que eu havia mandado, fechamos negócio. Exorbitantemente mais caro que os valores diretos com a companhia pela internet... mas enfim, fechado. Isso foi na segunda-feira.
Na terça-feira , minha mãe passou na tal da agência e, por ser uma pessoa de um coração inexplicavelmente bom, levou até um docinho para as vendedoras sorridentes tomarem um café. A minha mãe tem um dom de achar que todo mundo está fazendo um favor enorme pra ela: nem que esse favor seja aturar a minha chatice de cliente que quer comprar um produto específico.
Diferenças familiares a parte, uma vez, fechado o negócio, eu peço que me enviem os vouchers, a reserva ou qualquer coisa... porque a minha confiança no trabalho das mocinhas sorridentes é... digamos... nenhuma. Depois de tantas provas anteriores de “competência”. A essa altura, minha paciência renovada diariamente por pedidos emotivos da minha mãe já havia ido para o espaço. Mas como tenho consideração, soltei meus cachorros e minha raiva apenas nas conversas como meu marido. Coitado.
Long story short... Hoje é sexta-feira e, depois de uns 10 pedidos – por msn, e-mail, telefone – eu recebo um sinal de vida da mocinha sorridente da agência. Ela me manda um e-mail com o título “CONFIRMAÇÃO”. No corpo da mensagem, as datas, códigos de aeroporto QUE EU MANDEI PRA ELA colados... e só. Nem número, nem recibo, nem voucher, nem reservas, nem porra nenhuma (já me desculpando pelo palavrão, mas me valendo de que isso é um desabafo). As passagens estão pagas: metade a vista, outra metade aprovadas pela operadora de cartão de crédito...
Então, o que eu faço daqui de longe? Choro? Começo a rir nervoso? Xingo muito no Twitter (tá, isso eu já fiz) ou espero até segunda-feira para que, quem sabe, a mocinha sorridente seja capaz de me mandar as passagens por e-mail? To tão P da vida, que minha vontade é de listar todos os palavrões que eu conheço, de A a Z e mandar pra mocinha sorridente, pra chefe dela, pra coordenadora dela, pro dono da agência, pro dono do avião. Se a desculpa é que a pessoa é inexperiente... valha-me: que alguém com experiência (aka QI) possa ajudar na empreitada né. Afinal, se eu tivesse comprado pela internet, a coisa toda teria custado muito menos e a mocinha sorridente (ok, nem tão mocinha) neste momento seria eu.
Obrigada SBTur de Blumenau, por transformar os planos de uma viagem de férias em um momento extremamente estressante para mim, para minha mãe, para o meu marido. Se vocês não tem a competência de vender e expedir dois simples bilhetes aéreos que o seu cliente fez o favor de achar já que nem isso vocês conseguiram, por favor, fechem as portas. Eu nunca precisei lidar por tanto tempo com tanta gente burra, preguiçosa e de má vontade. No fim das contas, acho que a única pessoa idiota nessa história toda sou eu. Tenham um ótimo final de semana no meu lugar.
Ah... e se alguma mocinha sorridente da SBTur (que agora deve estar menos sorridente) ler esse texto, sinta-se a vontade para usar os comentários e me responder. Eu vou me sentir extremamente aliviada em receber todos os tickets, ver que vocês fizeram tudo corretamente (mesmo que cobrando bem por isso) e que esse texto todo não passa de ansiedade. Eu não sou uma pessoa teimosa: aceito mudar de opinião, mas preciso que provem que eu estou errada...
Cansei de ligar pra mocinhas sorridentes nas agencias em Joinville pra ensinar qual voo chegava aqui em Frankfurt tb. Uma vergonha, é um circulo vicioso: gente mal paga, servico péssimo.
ResponderExcluirUma dica: na TAM vc pode levar 2 malas de 23kg. Eu fui 2x ao BR este ano com eles, e vou semana que vem de novo, e já consta na minha reserva 2 PC. ;-) Comprou sempre direto do site. Se comprar no site do BR nao dá pra parcelar? To perguntando porque nunca tentei. Boa sorte!!
Talvez sua mãe tenha medo de compras de passagens pela Internet, mas aconselho que vocês comprem pela Internet. A TAP parcela pela Internet tranquilamente, por exemplo.
ResponderExcluirEspero que sua viagem dê tudo certo!