Ainda restam algumas cartas na manga na hora de escolher o curso no exterior. Fiquei devendo as informações da Suécia. Então vamos lá: eles têm um sistema de buscas para mestrados – a maioria de graça também –, inclusive com a opção de bolsas. Calma e dedicação nesse garimpo são o segredo. Vale o mesmo conselho das outras faculdades: nem todos os cursos estão na busca e na própria universidade é possível encontrar mais opções. Um destaque aqui: a Universidade de Estocolmo tem um centro de Língua Portuguesa (embora o site esteja em Sueco), que costuma ter vagas excedentes: entre em contato com a coordenação e veja que tipo de mestrado estão oferecendo. O foco é língua e literatura ibérica, mas de um semestre para o outro existem variações.
Bom, fica ainda o registro do MasterGuide.org: amplo, mas incompleto. Não deixe de verificar o site do Universia (é só fazer o cadastro para ter acesso às informações completas) e também do CNPQ. Para quem ainda está na universidade – ou já fazendo mestrado – os departamentos de relações internacionais muitas vezes oferecem um semestre ou ano no exterior. Esses processos pecam por uma melhor divulgação: mas como pouca gente fica sabendo, a concorrência também é menor.
Para quem é da área de humanas, meio ambiente e, em alguns casos, até mesmo da saúde, o Rotary oferece boas opções. Para participar é preciso ser apontado por um clube: procure algum da sua cidade, faça contato com o presidente e veja os prazos. Já vi situações em que os rotarianos não sabiam dar todas as informações, mas baixando os manuais e arquivos das “Bolsas para Paz”, dá para tirar o processo de letra. Além de cursos de mestrado, eles tem um programa de curta duração bem interessante na Tailândia. Já fiz um intercâmbio de Rotary para a Austrália (GSE em inglês ou IGE no Brasil) e foi incrível! Neste caso, não se trata de estudo, mas de conhecer como se exerce a profissão no país visitado. O Rotary arca com passagens, estadia, alimentação. Cada distrito (região rotária) oferece o programa para um país parceiro: envia quatro profissionais e recebe outros quatro. São 30 dias apenas, mas valem por muito mais!
Com base nesta experiência em Down Under, fica mais uma dica para procurar bolsas, especialmente na área de meio ambiente e saúde, embora a lista de opções seja grande: a Austrália. Vá direto ao site das universidades e descubra quais cursos estão disponíveis. O governo tem bolsas próprias para estimular a formação em profissões em demanda e, depois de formado, as chances de virar cidadão australiano ficam bem altas. Vale a pena investir tempo percorrendo os sites de cada Universidade. São poucas as bolsas em cada instituição e os candidatos são de todo o mundo... mas alguém tem que levar, certo!
Dica de viagem: Encontrar o curso certo não é tarefa fácil, mas é preciso paciência. Ler muito – isso já ajuda a treinar o inglês para o Toefl – é a regra. Mas não se limite a um “curso dos sonhos” . Aqui na Alemanha, por exemplo, os programas podem ter variações: você escolhe matérias entre uma série de opções e pode formatar suas cadeiras de acordo com o que tem em mente para a Tese.
Herzliche Gruβe
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