A terceira coluna saiu no dia 10/10/11 e ta aqui:
A mais antiga
A Oktoberfest de Munique (ao lado) começou a ser celebrada em 1810. Este ano, na 178ª edição, recebeu quase 7 milhões de visitantes e encerrou no dia 3. É a maior festa popular da Alemanha, mas não a mais antiga. No outro extremo do país, em Bremen, outubro também tem festa desde o ano de 1035 e, em 2011, a Freimarkt – que começa dia 14 e vai até o dia 30 – chega à 976ª edição. A festa é considerada a Oktoberfest do Norte, ocupando uma área de mais de 100 mil metros quadrados e 350 atrações. A Freimarkt começou com a abertura do comércio para mercadores de outras localidades: um dia ao ano, todos tinham o direito de vender seus produtos sem impostos. Em volta da feira, barracas comercializavam comida e bebida, rodeadas por tendas de jogos, shows de bizarrices e atrações de mundos distantes.
A festa do Norte
A Freimarkt pode ser mais modesta que a Oktoberfest de Munique, mas não menos charmosa. A entrada é gratuita. As edições modernas têm pouco a ver com o passado mercantil e se parecem muito mais com os festejos do Sul: desfiles pela cidade, ruelas de barraquinhas, parque de diversões e tendas gigantes com música ao vivo. Se em Munique há os pesados canecos, que vazios chegam a 1,2 quilo, em Bremen a cerveja é servida em copos de meio litro, bem mais leves, deixando a festa parecida com a blumenauense. O site é www.freimarkt.de.
Segunda maior Oktoberfest
Que a Oktoberfest de Munique é o maior festival de cerveja e tradições alemãs do mundo, não restam dúvidas. Mas e a segunda maior? No site oficial da Oktoberfest Blumenau (www.oktoberfestblumenau.com.br), a página de abertura informa que se trata da “Maior festa alemã das Américas” e a expectativa é de receber 600 mil foliões em 18 dias. Mas não é a única na briga pelo posto. As cidades irmãs de Kitchener-Waterloo, no Canadá, estão neste momento celebrando a 43ª edição da Oktoberfest e recebem, anualmente, entre 700 mil a 1 milhão de visitantes.
Reciclável
Pagar o Pfand é parte da cultura alemã. Ele aparece também na hora de comprar cerveja no supermercado. As plaquinhas mostram sempre dois valores: o da cerveja e o preço do recipiente e dos engradados. São registrados separadamente e, quando os cascos são devolvidos – em máquinas que escaneiam as garrafas e identificam o formato – um cupom é emitido e pode ser trocado por dinheiro no caixa ou usado para pagar as compras. Cada garrafa (vazia!) de cerveja custa R$ 0,20 e para as embalagens plásticas e latinhas, a taxa é de R$ 0,62.
Lá e cá
Comparar um pouco das duas Oktoberfest que brigam pela vice-liderança – a de Blumenau e a canadense – parece inevitável: por aqui, a beleza germânica é representada pela rainha e princesas. Por lá, é eleita a Miss Oktoberfest. Nas ruas de Blumenau, o Vovô Chopão é ícone da festa. Os canadenses se divertem com a aparição do Onkel Hans. Este ano, a festa canadense vai até o dia 15.
Chope salgado
Por um litro de cerveja na Oktoberfest de Munique, os foliões pagaram, este ano, cerca de 9 euros (em torno de R$ 22,50). Na hora de pedir o caneco, é preciso dispor de mais dinheiro para pagar um depósito, uma espécie de caução do recipiente (Pfand). O valor varia de 10 a 20 Euros. O sistema de depósito funciona não só para a Oktober, mas para outras festas, além de Biergartens, e até mesmo para as canecas onde é servido o vinho quente (Glüwein, uma espécie de quentão). Para recuperar o dinheiro, é só devolver o copo.
Diz o ditado:
Zeit macht aus einem Gerstenkorn eine Kanne Bier
O tempo faz do grão de cevada um jarro de cerveja
E para ilustrar, vai ai uma fotim da Freimarkt em Bremen:
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