Universidade de Bremen: uma das melhores no Norte da Alemanha
A Alemanha
oferece ensino superior gratuito e isso tem atraído cada vez mais estudantes
estrangeiros interessados em estudar no país. Mas entrar em uma universidade alemã
exige dedicação e boas notas. E não só: para quem é estrangeiro, o desafio já
começa no aprendizado do idioma.
A maioria
dos cursos de bacharelado é em alemão. Ou seja, sem um conhecimento
intermediário/avançado da língua as chances são poucas. Quanto tempo leva para
aprender alemão? Depende de cada um. Mas considerando o que as escolas de línguas
geralmente oferecem – quatro a cinco semanas por nível – é só fazer as contas:
A1.1, A1.2, A2.1, A2.2 e por ai vai até o B2.2 ou C1, conforme a exigência da
universidade.
Para quem
quer economizar nessa hora, uma boa opção são os cursos oferecidos pela
Volkshochschule, subsidiados pelo governo. Em Berlim, cada nível custa a partir
de 100 euros, o que é muito menos do que escolas de idiomas privadas ou
institutos como o Goethe cobram. E o ensino é de qualidade. A maioria dos
estudantes é imigrante e tem pressa em aprender. Por isso as aulas fluem bem e
todo mundo está interessado.
Mas falar alemão
não é o suficiente. É preciso conseguir uma vaga na universidade o que
significa concorrer de igual para igual com os alemães e candidatos de outros países.
Para isso existe um curso preparatório e de nivelamento que dura um ano: o
Studienkolleg. O curso é oferecido tanto por instituições públicas (onde se
paga apenas uma taxa semestral que dá direito ao transporte na cidade e região)
ou privadas.
Além disso,
é preciso saber de antemão qual curso se pretende cursar como bacharelado, já
que a estrutura educacional na Alemanha é diferente. Existem por aqui as
faculdades técnicas (Fachhoschule / Hochschule, com cursos mais voltados à
prática, como mídia, informática, administração e negócios, etc) e as
universidades (Universität, com engenharias, medicina e outros cursos que
envolvem mais pesquisa).
Para entrar
em qualquer uma das duas é preciso fazer um teste (tipo o Enem!). Para as
Fachhochschulen o exame se chama Fachhochschulreife, ou Fachabitur, como é
conhecido popularmente. Esse exame é aceito excepcionalmente também para alguns
cursos em Universidade.
No entanto, quem pretende entrar em alguma universidade
precisa fazer o Abitur. Com a nota dessa prova pode-se então participar do processo
de seleção de cada universidade do país.
É
importante observar que o nível de alemão exigido pelas universidades é maior
do que o exigido pelo Studienkolleg, então, muitas vezes, é preciso estudar um
pouco mais a língua para passar em um exame de proficiência como o DSH2 ou DSH3, ou TestDaf.
Quem já
cursou um ano de universidade no Brasil pode tentar pedir transferência. As
regras, nesse caso, dependem da universidade pretendida, que vai definir o que
pode ou não ser aproveitado e que documentos serão necessários para o aceite.
No entanto, a exigência de passar no teste de proficiência de alemão permanece.
Algumas –
raras ainda! – universidades oferecem cursos de bacharelado em inglês, mas são
quase sempre faculdades privadas e com mensalidades que ultrapassam os 500
euros. Pode parecer pouco se comparado aos preços praticados no Brasil, mas a
conta aumenta com os cerca de 700 euros necessários para viver no país
(incluindo casa, plano de saúde, comida, etc). E lembre-se, para pedir o visto de estudante é preciso ter o dinheiro para o ano todo (660 euros por mês) depositado
em uma conta-poupança bloqueada na Alemanha.
Se você quer fazer o mestrado, tem muita informação aqui. Já esse post explica como tentar o doutorado na Alemanha.
Um comentário:
Excelente post, parabens pela iniciativa :)
Postar um comentário