Achei que depois do fim do projeto o tempo seria mais abundante, mas errei feio. Se antes eu passava horas intermináveis em relatórios e discussões, o problema agora é conseguir me manter focada. É como se todas as energias tivessem ido pro buraco e minha mente se recusa a qualquer tipo de esforço intelectual... Pra tentar criar rotina, resolvi retomar meus cursos on-line de alemão e italiano: a idéia é que sirvam de aquecimento matinal para a tese. Vamos ver se funciona...
Enquanto isso, mais uma receitinha testada e aprovada que andei fazendo aqui em casa: esfihas abertas, aquelas pequeninhas, como servem no Habib’s... Ficaram deliciosas. A receita original é do Tudo Gostoso. Como sempre, alguns comentários pra quem vai encarar a receita aqui na Alemanha. Confere ai:
Esfiha aberta
(Receita para 20 a 23 unidades)
Ingredientes:
1 tablete de fermento para pão (eu uso o de 30 gramas, fresco, q vende no Lidl a 9 centavos na estante dos patês e frios)
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 xícara (chá) de água morna
2 colheres (sopa) de óleo
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
Fubá pra esticar (Maismehl ou polenta – vende nas lojas asiáticas ou no Edeka. O mais grossinho é o ideal)
Massa:
Misture o açúcar com a água morna e coloque, esmigalhado, o fermento biológico para “acordar”. Deixe descansar por 10 a 15 minutos. Em uma bacia plástica, coloque o trigo, o óleo, o sal e acrescente a água com o fermento e o açúcar. Pré-aqueça o forno a 180 graus. Misture com as mãos até obter uma massa lisa que não gruda nas mãos e nem na bacia. Talvez precise de um pouco mais de trigo ou água morna pra chegar ao ponto. Deixe, então, a massa crescer em lugar quente por mais 30 a 40 minutos (até dobrar de tamanho). Então, com as mãos, faça uma bolinha pouco maior que uma de pingue-pingue e, em uma superfície coberta com fubá, molde a massa no formato das esfihas (com uns 6 centímetros de diâmetro, com a borda mais altinha). Coloque o recheio nas “forminhas” e leve ao forno por cerca de 10 minutos ou até dourar as bordas.
Recheio:
Carne: Fiz esfihas de carne moída e de queijo. Para as de carne, faça um refogado de carne moída com cebola e temperos da sua preferência. Uma dica é usar hortelã pra temperar a carne, no lugar da cebolinha verde. Como eu não tinha hortelã fresca, usei a que estava em um saquinho de chá de Pfeferminze... Ficou igual e saboroso.
Queijo: Usei uma mistura de Körniger Frischkäse e Frischkäse tradicional, temperado com sal, Limete (aquele da garrafinha de plástico verde escuro em forma de limão), sal, cebolinha e salsinha fresca. Coloque uma colherinha de café de fermento de bolo na mistura pra dar uma crescidinha na hora de assar. Fica saboroso e as esfihas ficam lindas!
segunda-feira, 26 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
O pior ano de nossas vidas
A semana tem sido corrida a ponto de não dar tempo de pensar. Ou digerir tudo o que está acontecendo. Nesta sexta-feira, dia 16, será a apresentação final do projeto de um ano que faz parte do currículo obrigatório do mestrado em Digital Media que estou fazendo, aqui em Bremen. Foi um ano duro, muito duro e tudo o que eu mais quero é que acabe logo.
Academicamente falando, posso dizer que foi o pior ano de nossas vidas. Minha, no meu projeto e do Joatan, no dele. O que começou com aquela curiosidade de lidar com pessoas de diferentes países e culturas, culminou em uma sequência tão grande de problemas e desentendimentos que tudo o que eu quero é esquecer. Falo isso por mim, não por ele.
No fim das contas, perdeu-se mais tempo tentando conciliar diferenças, egos, falta de talento do que produzindo algo concreto, em si. Aprendi muito, claro. Mas como pessoa, sou muito pior, agora. Tenho uma série de preconceitos que eu não tinha, ressalvas com culturas que antes sequer conhecia. Claro que nesse tempo também fiz amigos: uns que quero manter mas, a maioria, apenas por circunstância e sei que não vou falar com esses nunca mais a partir de sexta-feira, a não ser que, por coincidência,tropece com eles na rua. Como cada um vem de um canto do mundo, as chances são poucas.
Particularmente, estudei muito e hoje domino temas que antes eu nem sonhava que existiam. Mas preferiria ter feito isso de outra forma: com mais cursos e matérias, sem ter que andar com o freio de mão puxado porque muita gente não sabe onde fica o acelerador. No fim das contas, sei que me sai bem, mas poderia ter me saído muito melhor. Projeto, daqui pra frente, só faço em grupos em que eu possa descartar no caminho aqueles que não estão contribuindo. Nunca mais vou trabalhar com bolas de ferro amarradas à canela.
E que venha a tese... o doutorado... e o que mais tiver que vir :)
Academicamente falando, posso dizer que foi o pior ano de nossas vidas. Minha, no meu projeto e do Joatan, no dele. O que começou com aquela curiosidade de lidar com pessoas de diferentes países e culturas, culminou em uma sequência tão grande de problemas e desentendimentos que tudo o que eu quero é esquecer. Falo isso por mim, não por ele.
No fim das contas, perdeu-se mais tempo tentando conciliar diferenças, egos, falta de talento do que produzindo algo concreto, em si. Aprendi muito, claro. Mas como pessoa, sou muito pior, agora. Tenho uma série de preconceitos que eu não tinha, ressalvas com culturas que antes sequer conhecia. Claro que nesse tempo também fiz amigos: uns que quero manter mas, a maioria, apenas por circunstância e sei que não vou falar com esses nunca mais a partir de sexta-feira, a não ser que, por coincidência,tropece com eles na rua. Como cada um vem de um canto do mundo, as chances são poucas.
Particularmente, estudei muito e hoje domino temas que antes eu nem sonhava que existiam. Mas preferiria ter feito isso de outra forma: com mais cursos e matérias, sem ter que andar com o freio de mão puxado porque muita gente não sabe onde fica o acelerador. No fim das contas, sei que me sai bem, mas poderia ter me saído muito melhor. Projeto, daqui pra frente, só faço em grupos em que eu possa descartar no caminho aqueles que não estão contribuindo. Nunca mais vou trabalhar com bolas de ferro amarradas à canela.
E que venha a tese... o doutorado... e o que mais tiver que vir :)
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Verdades e gentilezas com tempero germânico
Desde que eu vim morar na Alemanha, em outubro de 2008, muita coisa na minha vida mudou. Deixei pra trás Florianópolis – o lugar onde eu sou mais feliz nesse mundo – e construí uma vida nova por aqui... Mas a questão não é falar do que mudou por fora: mas sim, por dentro. Cheguei aqui achando que ia encontrar pessoas fechadas e duras, secas talvez e, com o tempo, parei de achar isso.
Hoje me dei conta que as pessoas por aqui continuam como sempre foram e quem endureceu fui eu. Quando a poeira do Brasil ainda estava nos meus ombros, eu mantinha a falsa polidez latina de dizer “talvez” no lugar de dizer “não”, “interessante” em vez de “não gostei” e me despedir com um “a gente se vê” com a certeza de que nunca mais vou ver a pessoa na vida. Não por escolha.
Por aqui, as coisas são mais diretas e de certa forma, me deixam mais feliz. Não é não, sim e sim e ninguém bate na sua porta antes de marcar hora (mesmo sendo seu vizinho ou seu melhor amigo). E nem chega atrasado. Na universidade (eu acho que já confessei que sou CDF e nerd), dizer “não, não quero fazer o trabalho com você” para um colega menos dedicado não é o fim do mundo e nem razão para deixar de tomar um café com ele no intervalo.
Me pego fazendo dessas com frequência agora. No outro dia, em uma discussão sobre uma apresentação importantíssima – o trabalho final de um ano de projeto coletivo – me flagro olhando para um colega de aula que se ofereceu para apresentar uma parte: “Não concordo que você faça isso. Não confio em você o bastante e nem acho que tenha competência para falar sobre esse tema. Talvez você possa contribuir com algo menos relevante e que não seja vital para apresentação”.
Falei isso assim, na lata, olhando para o próprio que, sem argumentos, aceitou fazer outra coisa. No fim das contas, nem a parte irrelevante pela qual ele ficou responsável ficou pronta... (Ah! Eu já sabia!) Mas se eu tivesse dito isso em uma sala de aula do Brasil, até agora seria o principal assunto da rádio-corredor...
Ps.: Só para ilustrar, uma fotim do inverno, do entardecer as 15h, no hall de entrada da Universidade de Bremen
Hoje me dei conta que as pessoas por aqui continuam como sempre foram e quem endureceu fui eu. Quando a poeira do Brasil ainda estava nos meus ombros, eu mantinha a falsa polidez latina de dizer “talvez” no lugar de dizer “não”, “interessante” em vez de “não gostei” e me despedir com um “a gente se vê” com a certeza de que nunca mais vou ver a pessoa na vida. Não por escolha.
Por aqui, as coisas são mais diretas e de certa forma, me deixam mais feliz. Não é não, sim e sim e ninguém bate na sua porta antes de marcar hora (mesmo sendo seu vizinho ou seu melhor amigo). E nem chega atrasado. Na universidade (eu acho que já confessei que sou CDF e nerd), dizer “não, não quero fazer o trabalho com você” para um colega menos dedicado não é o fim do mundo e nem razão para deixar de tomar um café com ele no intervalo.
Me pego fazendo dessas com frequência agora. No outro dia, em uma discussão sobre uma apresentação importantíssima – o trabalho final de um ano de projeto coletivo – me flagro olhando para um colega de aula que se ofereceu para apresentar uma parte: “Não concordo que você faça isso. Não confio em você o bastante e nem acho que tenha competência para falar sobre esse tema. Talvez você possa contribuir com algo menos relevante e que não seja vital para apresentação”.
Falei isso assim, na lata, olhando para o próprio que, sem argumentos, aceitou fazer outra coisa. No fim das contas, nem a parte irrelevante pela qual ele ficou responsável ficou pronta... (Ah! Eu já sabia!) Mas se eu tivesse dito isso em uma sala de aula do Brasil, até agora seria o principal assunto da rádio-corredor...
Ps.: Só para ilustrar, uma fotim do inverno, do entardecer as 15h, no hall de entrada da Universidade de Bremen
terça-feira, 6 de abril de 2010
A saga da churrasqueira
Churrasqueira aqui na Alemanha é coisa quase descartável. Todo verão aparecem aos montes nos supermercados e a partir de 6 euros se compra uma. Não espere nada maravilhoso: em algumas semanas de uso, elas começam a ficar com as pernas bambas e dão sinais de cansaço. Mas é exatamente o quanto dura o verão e, sem espaço pra guardar, quando o outono chega, as churrasqueiras acabam indo para o lixo. Alguns mercados vendem umas descartáveis mesmo: Einweggrill (churrasqueira para um uso, por 2 euros), que nada mais é do que uma bandeja de alumínio com carvão, coberta por uma grelha furadinha, que dura o bastante pra uma boa rodada de salsichas.
No ano passado, usamos algumas dessas, mas acabamos comprando a nossa... que desapareceu misteriosamente no inverno. Este ano, quando o sol deu as caras, a vontade de churrasco bateu e rodamos a cidade em busca de uma churrasqueira nova. Nosso desejo foi mais rápido que a logística alemã. Os mercados da redondeza ainda não estão vendendo as tais churrasqueiras e acabamos encontrando apenas no Walle Center, do outro lado da cidade, o que provavelmente era um estoque do ano anterior.
A estréia da tal churrasqueira – que custou 7,99 – foi na sexta-feira santa. Churrasquinho caprichado no quinta! Depois disso, ainda com um resto de carvão, a dita ficou encostada na janela do quarto (moramos no térreo) a espera do próximo Grillen Zeit, como “repousam” todas as churrasqueiras da vizinhança. E sumiu no dia seguinte.
Com todo o perdão do palavreado, fiquei PUTA da cara. Muito irritada MESMO. Não pelo valor da churrasqueira em si: mas pelo desaforo de terem levado a churrasqueira novinha. Custava pedir emprestado? Ano passado emprestamos várias vezes, assim como já usamos churrasqueiras emprestada. É só pedir, levar e trazer de volta. Ninguém se recusa.
Resolvi não deixar por menos e, vestindo todo o estereótipo do latino sangue quente, coloquei um aviso na minha janela e nas árvores em volta. Se não fosse pra ter a churrasqueira de volta, ao menos desabafei minha raiva com um monte de palavrões. Isso foi na segunda, dia 5/4, feriado aqui.
Nesta terça, com um sol perfeito e as flores desabrochando, fomos dar uma caminhada no Jardim Botânico, aqui perto de casa, de olho nas churrasqueiras “estacionadas” nas janelas. E... sim! Lá estava ela... parada do outro lado do condomínio (que tem uns oito blocos onde só moram estudantes), na janela de alguém que pegou “emprestada” e “esqueceu” de devolver... Não tive dúvidas em trazer pra casa e deixar um recado para os “simpáticos vizinhos”.
Sem um porão para guardar tralhas, ficamos sem muita alternativa de onde deixar a churrasqueira semi descartável até o fim do verão. Mas desta vez, vai dar mais trabalho se algum espertinho resolver levar... Uma engenhoca de cadeados vai manter a churrasqueira bem perto dos olhos do gatuno, mas bem longe do seu próximo churrasquinho...
E que venha o final de semana!!!
No ano passado, usamos algumas dessas, mas acabamos comprando a nossa... que desapareceu misteriosamente no inverno. Este ano, quando o sol deu as caras, a vontade de churrasco bateu e rodamos a cidade em busca de uma churrasqueira nova. Nosso desejo foi mais rápido que a logística alemã. Os mercados da redondeza ainda não estão vendendo as tais churrasqueiras e acabamos encontrando apenas no Walle Center, do outro lado da cidade, o que provavelmente era um estoque do ano anterior.
A estréia da tal churrasqueira – que custou 7,99 – foi na sexta-feira santa. Churrasquinho caprichado no quinta! Depois disso, ainda com um resto de carvão, a dita ficou encostada na janela do quarto (moramos no térreo) a espera do próximo Grillen Zeit, como “repousam” todas as churrasqueiras da vizinhança. E sumiu no dia seguinte.
Com todo o perdão do palavreado, fiquei PUTA da cara. Muito irritada MESMO. Não pelo valor da churrasqueira em si: mas pelo desaforo de terem levado a churrasqueira novinha. Custava pedir emprestado? Ano passado emprestamos várias vezes, assim como já usamos churrasqueiras emprestada. É só pedir, levar e trazer de volta. Ninguém se recusa.
Resolvi não deixar por menos e, vestindo todo o estereótipo do latino sangue quente, coloquei um aviso na minha janela e nas árvores em volta. Se não fosse pra ter a churrasqueira de volta, ao menos desabafei minha raiva com um monte de palavrões. Isso foi na segunda, dia 5/4, feriado aqui.
Nesta terça, com um sol perfeito e as flores desabrochando, fomos dar uma caminhada no Jardim Botânico, aqui perto de casa, de olho nas churrasqueiras “estacionadas” nas janelas. E... sim! Lá estava ela... parada do outro lado do condomínio (que tem uns oito blocos onde só moram estudantes), na janela de alguém que pegou “emprestada” e “esqueceu” de devolver... Não tive dúvidas em trazer pra casa e deixar um recado para os “simpáticos vizinhos”.
Sem um porão para guardar tralhas, ficamos sem muita alternativa de onde deixar a churrasqueira semi descartável até o fim do verão. Mas desta vez, vai dar mais trabalho se algum espertinho resolver levar... Uma engenhoca de cadeados vai manter a churrasqueira bem perto dos olhos do gatuno, mas bem longe do seu próximo churrasquinho...
E que venha o final de semana!!!
domingo, 4 de abril de 2010
Ovo de Páscoa, literalmente
Hoje é domingo de Páscoa e, por mais piegas que possa parecer, não resisti a um post “temático”. Então, depois de todos os tradicionais cumprimentos – embora eu não seja religiosa e sequer me considere cristã – prefiro dedicar as próximas linhas a alguns comentários mais, digamos, culturais. Ou bizarros, como preferir.
Morar na Alemanha na época da Páscoa tem uma lista gigante de vantagens. A primeira delas não tem nada a ver com a Páscoa em si: mas é a chegada da primavera que, depois de um inverno longo com ares agourentos, passa a ter outro sentido. Então, pra celebrar as flores e o calor – sol e + 12°C – escolhemos a sexta-feira santa para fazer um divertido churrasco: sem culpa por comer carne. Inauguramos o jardim recém voltando a ser verde com muita cerveja, fumaça e violão...
Mas fora isso, de ninguém criticar, reclamar ou cobrar que se coma peixe, a Alemanha tem ainda mais vantagens. Por aqui não existe aquela corrida alucinada das fábricas de chocolates por lançarem ovos e modelos caríssimos a cada Páscoa. Nos supermercados, anda-se tranquilamente, sem aquela sensação claustrofóbica que as armações repletas de ovos de chocolate costumam provocar. Vendem-se alguns ovinhos, coelhinhos de chocolate coloridos, mas é só.
A correria ao supermercado fica por conta do feriado. NADA abre por aqui aos domingos e menos ainda em datas festivas. Além disso, a segunda-feira também é feriado nacional. Eu chamo isso de “síndrome do sábado”, já que se esquecer de comprar qualquer ingrediente da lista, a única chance de cozinhar domingo é batendo a porta do vizinho. Bom... fiz a lista e aproveitei o sábado para comprar o que faltava para dois dias de “nada aberto” e fui ao mercado.
Cheio, como o esperado. Estantes vazias, como o esperado. Filas imensas no caixa, como o esperado. Mas o bizarro estava por vir. A corrida por ovos de páscoa é a mesma aqui na Alemanha: só muda o objeto. Depois de sair do terceiro mercado de mãos vazias, me dei conta de que TODOS os ovos tinham sido vendidos e não havia mais nada em estoque. Mas não os ovos de chocolate: que continuavam aos montes nas estantes. Os ovos de galinha!
Aqui na Alemanha, presente de Páscoa é ovo cozido e pintado: nada mais. A graça (sic!??!?!?!) é bater o seu ovo no de outra pessoa e ver qual deles sai inteiro. E eu, que queria fazer uma massa de pastel, quase fico sem o ingrediente. Na saída do último mercado, paguei as outras compras e recebi um mimo: um ovo cozido. Se meu alemão fosse um pouquinho melhor, juro que teria dito pra caixa: “por favor, vê a minha parte em ovo cru”...
Ps.: Tem uma coisa que esqueci de mencionar sobre as vantagens da Páscoa na Alemanha: o chocolate! Mesmo o chocolate mais baratinho é gostoso :) Mas como tenho sorte ( ;) ), ganhei um ovo lindo (de metal, recheado de ovinhos) da Lindt e um saco inteiro de bombons Lindor, os meus favoritos... AMEI :)
Morar na Alemanha na época da Páscoa tem uma lista gigante de vantagens. A primeira delas não tem nada a ver com a Páscoa em si: mas é a chegada da primavera que, depois de um inverno longo com ares agourentos, passa a ter outro sentido. Então, pra celebrar as flores e o calor – sol e + 12°C – escolhemos a sexta-feira santa para fazer um divertido churrasco: sem culpa por comer carne. Inauguramos o jardim recém voltando a ser verde com muita cerveja, fumaça e violão...
Mas fora isso, de ninguém criticar, reclamar ou cobrar que se coma peixe, a Alemanha tem ainda mais vantagens. Por aqui não existe aquela corrida alucinada das fábricas de chocolates por lançarem ovos e modelos caríssimos a cada Páscoa. Nos supermercados, anda-se tranquilamente, sem aquela sensação claustrofóbica que as armações repletas de ovos de chocolate costumam provocar. Vendem-se alguns ovinhos, coelhinhos de chocolate coloridos, mas é só.
A correria ao supermercado fica por conta do feriado. NADA abre por aqui aos domingos e menos ainda em datas festivas. Além disso, a segunda-feira também é feriado nacional. Eu chamo isso de “síndrome do sábado”, já que se esquecer de comprar qualquer ingrediente da lista, a única chance de cozinhar domingo é batendo a porta do vizinho. Bom... fiz a lista e aproveitei o sábado para comprar o que faltava para dois dias de “nada aberto” e fui ao mercado.
Cheio, como o esperado. Estantes vazias, como o esperado. Filas imensas no caixa, como o esperado. Mas o bizarro estava por vir. A corrida por ovos de páscoa é a mesma aqui na Alemanha: só muda o objeto. Depois de sair do terceiro mercado de mãos vazias, me dei conta de que TODOS os ovos tinham sido vendidos e não havia mais nada em estoque. Mas não os ovos de chocolate: que continuavam aos montes nas estantes. Os ovos de galinha!
Aqui na Alemanha, presente de Páscoa é ovo cozido e pintado: nada mais. A graça (sic!??!?!?!) é bater o seu ovo no de outra pessoa e ver qual deles sai inteiro. E eu, que queria fazer uma massa de pastel, quase fico sem o ingrediente. Na saída do último mercado, paguei as outras compras e recebi um mimo: um ovo cozido. Se meu alemão fosse um pouquinho melhor, juro que teria dito pra caixa: “por favor, vê a minha parte em ovo cru”...
Ps.: Tem uma coisa que esqueci de mencionar sobre as vantagens da Páscoa na Alemanha: o chocolate! Mesmo o chocolate mais baratinho é gostoso :) Mas como tenho sorte ( ;) ), ganhei um ovo lindo (de metal, recheado de ovinhos) da Lindt e um saco inteiro de bombons Lindor, os meus favoritos... AMEI :)
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Receita rápida e fácil: Cookies
Acabei de fazer cookies. O cheirinho ainda ta pela casa e, confesso, não vou estranhar se algum vizinho toque a porta... Delícia!!! Desta vez, nada de receitas alemãs – no Natal testei umas bem gostosas daqui que posto em outra oportunidade – mas sim os tradicionais cookies americanos com raspas de chocolate. É tão simples que mesmo uma criança da conta do recado... Aliás, uma ótima dica pra fazer com as crianças ou com as sobras de ovos e chocolate que costumam acontecer na Páscoa. Ai vai a receitinha, adaptada do Cybercook do Terra.
Ingredientes:
3 colheres (sopa) de margarina
2 colheres (sopa) rasas de açúcar de baunilha (na Alemanha, 2 sachês da Oetcker ou genéricos)
1 ovo
2 colheres (sopa) de leite
3 xícaras de trigo
1 xícara de açúcar *
2 colheres de melado de cana (vende no Rewe, fica junto com o mel – Zuckerrübensirup) *
1 colher (chá) de fermento (usei 2/3 do saquinho da Oetcker)
150 gramas de gotas ou raspas de chocolate
* A receita original falava em 90 gramas de açúcar mascavo, mas como eu não tinha em casa, troquei pelo que achei no armário)
Preparo
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Aqueça a margarina por uns 30 segundos no microondas pra facilitar a mistura. Em uma bacia, bata levemente o ovo. Acrescente o açúcar, o melado, o leite, o açúcar de baunilha e vá, aos poucos misturando o trigo e o fermento. A massa precisa soltar da bacia e ficar maleável com as mãos. Se for preciso, coloque um pouco mais de trigo. Acrescente, por fim, as raspas ou gotas de chocolate. Faça bolinhas com cerca de 2,5 cm de diâmetro e achate-as até que fiquem com pouco menos de 1 centímetro de espessura. Coloque na forma (forrada com Backpapier ou untada) a uma distância de 1,5 cm uma das outras. Asse até dourar. Os biscoitinhos parecem meio moles quentes, mas ficam bem crocantes quando esfriam. Essa receita rende 36 cookies de 5 a 6 centímetros de diâmetro.
Ingredientes:
3 colheres (sopa) de margarina
2 colheres (sopa) rasas de açúcar de baunilha (na Alemanha, 2 sachês da Oetcker ou genéricos)
1 ovo
2 colheres (sopa) de leite
3 xícaras de trigo
1 xícara de açúcar *
2 colheres de melado de cana (vende no Rewe, fica junto com o mel – Zuckerrübensirup) *
1 colher (chá) de fermento (usei 2/3 do saquinho da Oetcker)
150 gramas de gotas ou raspas de chocolate
* A receita original falava em 90 gramas de açúcar mascavo, mas como eu não tinha em casa, troquei pelo que achei no armário)
Preparo
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Aqueça a margarina por uns 30 segundos no microondas pra facilitar a mistura. Em uma bacia, bata levemente o ovo. Acrescente o açúcar, o melado, o leite, o açúcar de baunilha e vá, aos poucos misturando o trigo e o fermento. A massa precisa soltar da bacia e ficar maleável com as mãos. Se for preciso, coloque um pouco mais de trigo. Acrescente, por fim, as raspas ou gotas de chocolate. Faça bolinhas com cerca de 2,5 cm de diâmetro e achate-as até que fiquem com pouco menos de 1 centímetro de espessura. Coloque na forma (forrada com Backpapier ou untada) a uma distância de 1,5 cm uma das outras. Asse até dourar. Os biscoitinhos parecem meio moles quentes, mas ficam bem crocantes quando esfriam. Essa receita rende 36 cookies de 5 a 6 centímetros de diâmetro.
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