A linha do tempo das redes sociais passou o dia em disputa na tela do meu computador. Orkut, Facebook, Twitter e afins entremeavam comentários sobre o casamento real e sobre o tormento de este ser o único assunto do dia. Alguns mais exaltados questionavam se ninguém tinha nada melhor pra fazer. Outros pediram o apoio pra causa A ou B. Eu, particularmente, só dei um palpite e ainda assim foi reclamando: queixas do porque a TV alemã resolveu dublar o casório em todos os três ou quatro canais que transmitiam ao vivo.
Mas não me dei por vencida: do stream oficial da monarquia britânica eu vi o casamento de William e Kate. (Pausa para os suspiros de decepção, xingamentos e afins). Vi e achei lindo! A noiva deslumbrante no seu McQueen, o noivo meio calvo, nervoso e com cara de bobão. Um desfile da chapelaria mais refinada da Europa e o povo todo celebrando nas ruas como se cada um fosse convidado da festa. Foi um conto de fadas ao vivo: uma historinha da Disney Family se desenrolando sem cortes na TV.
Se eu estivesse em Londres – ou ao menos com tempo e dinheiro a mais na conta – eu teria ido me juntar à multidão. Não porque sou fã da realeza e menos ainda tiete de plantão de quem quer que seja. Mas por que sou jornalista e, em essência, a curiosidade me move. Mais ainda me impulsiona a vontade de ver ao vivo a vida acontecendo. Um capítulo da história, porque não, mesmo que seja uma historinha de água com açúcar e muitos souvenirs.
Por falar nisso, mesmo sem ter visto uma única vitrine com ofertas do enlace, já havia decidido qual comprar. Bateria pernas a cidade toda até achar a caneca que os chineses mandaram em contêineres com a foto do príncipe errado! Quer mais kitsch do que isso? Até premonitória, podem aventar as más línguas... já que o príncipe novinho tem a maior pinta de fanfarrão. Mas isso é assunto pros tabloides dos próximos anos.
Por hora, faço minha confissão: Amei o casamento e aceito as críticas. Futilidade, consumismo, reality show, pantomima, pão e circo. Tudo isso sim, mas também a delicadeza de uma história de amor moderna e real. Um pouco de fantasia em uma rotina tão fria e mecânica como a das ruas europeias. E como em todo o filme em que o final tem que ser perfeito, até a instável Londres soube cumprir seu papel mais do que ensaiado e ofereceu aos noivos um (inestimável) solzinho de presente.
Liguei a TV pouco antes do SIM e depois do beijo – meio sem graça – desliguei a e voltei ao papel de gata borralheira, tentando remover os quilos de pólen que me atormentam nessa primavera. A minha vida não mudou nada com o casamento real: mas certamente o dia ficou mais leve e feliz com a promessa renovada de que existe amor e que os contos de fadas, mesmo que temporários e apenas de 20 em 20 anos, podem ser reais. “Que seja eterno enquanto dure” e um brinde à rainha.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
É primavera!!!
Eu moro em um lugar privilegiado de Bremen. Um bairro chique e lindo. Um bairro caro também, onde o único lugar que cabe no orçamento são os condomínios universitários. Já devo ter falado por aqui do Luisental, onde vivo. São oito blocos de quitinetes, apartamentos de um quarto, outros maiores no meio de muito verde... que com o fim do inverno fica ainda mais verde!
Mas morar aqui tem outro privilégio: eu moro a 150 metros do jardim botânico da cidade, um parque extremamente bem cuidado, lindo o ano inteiro... E agora, com a primavera, ainda mais! Então, como fiquei bastante tempo sem postar nada por aqui, por conta da entrega da primeira parte da tese, esse post tinha que ser festivo... É uma reunião de fotos que fiz ontem e outras da primavera passada, todas aqui do ladinho de casa... Espero que gostem. Primavera por aqui tem outro encantamento...
Confere então a galeria:
Assinar:
Postagens (Atom)