de volta à nave mãe: home
Home Home by Ivana Ebel Facebook Twitter E-Mail

menu

Estudar fora Sobre a Alemanha Viagens & turismo
Nonsense Receitas Jornalismo

sábado, 15 de setembro de 2012

Receita rápida e fácil para o verão: sangria agrega valor a um vinho simples e acompanha almoços e jantares


Sangria é um tipo de ponche à base de vinho muito comum na península Ibérica. Bebe-se litros na Espanha e talvez ainda mais em Portugal. No Brasil a bebida não é tão popular, mas é uma das melhores receitas para transformar um vinho simples em um drink refrescante e delicioso. Com o calor se aproximando no Hemisfério Sul, é hora de anotar essa receita facílima. Aliás, essa é apenas uma variação: deixe a criatividade solta e aventure-se na hora de preparar.

A base da sangria são frutas, vinho e um refrigerante qualquer sabor limão. Pode-se adicionar até mesmo cachaça, para uma versão mais alcoólica. Também é possível fazer com água tônica no lugar de outro refrigerante. O vinho pode ser trocado por um espumante. Muitas frutas caem bem na receita: limão e laranja são as mais básicas. Mas maçã, abacaxi, uvas, kiwi, morangos e outras frutas vermelhas combinam muito bem. A receitinha que segue pode ser feita tanto com vinho tinto como branco: e não compre nada especial. Mesmo um vinho simples, daqueles de garrafão, não faz feio. Doce ou seco, pode escolher. Basta compensar na hora de adoçar a bebida. Anota ai então os ingredientes.

Sangria: bebida leve e frutada para enfrentar os dias de calor 

Sangria branca (para cinco pessoas)

Ingredientes

1 garrafa de vinho branco seco (700 ml)
700 ml a 1 litro de refrigerante sabor limão (mais refrigerante se quiser o drink mais leve)
1 laranja grande cortada em rodelas
1 limão-taiti ou siciliano em rodelas
1 maçã em fatias grossas
1 chumaço de hortelã (cerca de 30 a 40 folhas)
1 pau de canela
3 colheres rasas de açúcar
Gelo que baste

Preparo

Corte as frutas, coloque em um jarra bem grande, adicione o açúcar e a canela em pau. Mexa com uma colher grande até que as frutas fiquem bem untadas de açúcar e desprendam um pouco do sumo. Não amasse como caipirinha, apenas misture bem. Em seguida, adicione as folhas de hortelã, o vinho e o refrigerante. Misture tudo e prove. Se preferir, coloque mais açúcar, mais vinho ou refrigerante, até obter o ponto de preferência. Deixe na geladeira por pelo menos uma hora antes de servir para que as frutas desprendam todo o sabor na bebida. Sirva com bastante gelo e, se preferir, com pedaços de frutas usados no preparo e folhas de hortelã. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Turismo: razões pelas quais todos os brasileiros devem visitar Portugal

  
 Beleza: Lisboa se debruça sobre sete colinas, à beira do rio Tejo



Portugal – e sua belíssima capital, Lisboa – não costuma ocupar o topo da preferência dos brasileiros que visitam a Europa. Roma, Paris e Londres parecem encabeçar a lista dos países. No entanto, há muito o que se ver em terras lusitanas: o país é lindo e, sempre que posso, fujo da cinzenta Alemanha para umas semanas de sol, calor e muita comida boa. Mas esse post não é um roteiro por Lisboa ou por outras cidades da terrinha. Se você já decidiu visitar a cidade das Sete Colinas, leia o texto que meu colega de redação na Deutsche Welle Antonio Netto preparou: um roteiro perfeito para três dias com o que Lisboa tem de melhor (se bem que com tanta sugestão, eu sugiro quatro dias pra dar conta!!).

Já esse post aqui tem um intuito muito simples. Estou de férias em Portugal e quero apenas citar algumas razões pelas quais qualquer pessoa deve incluir o país em seu roteiro pela Europa. Tenho argumentos de sobra, uma vez que sou fã de carteirinha desse país tão próximo do Brasil em muitas coisas.

Vai ai a lista de razões:


Torre de Belém: um dos pontos turísticos da capital portuguesa

  • Para quem está vindo do Brasil e não fala bem inglês ou qualquer outra língua europeia, nada pode ser mais fácil do que fazer o controle alfandegário em Português, certo? Depois daqui para os outros países do território Schengen, como os voos são “domésticos”, não há controle de passaporte. 
  • Conhecer Portugal é entender o que nós brasileiros somos e porque somos dessa maneira. A língua, claro, mas a cultura, os costumes: muito do que achamos genuinamente brasileiro é, na verdade, português.
  • A história do país é riquíssima. Sem contar que a história de Portugal é também a história do Brasil. O nosso Dom Pedro II é, na terrinha, o Pedro V. Há muito o que descobrir sobre reis e rainhas, castelos, arte dos quatro cantos do mundo.
  • O patrimônio arquitetônico português é de uma beleza ímpar. Mosteiros gigantescos preservados, o casario de Lisboa e suas janelinhas com pequenos balcões repletos de varais, as quintas, elevadores. Igrejas imensas e belíssimas, as ruas estreitas da Mouraria, o agito do bairro Alto. Há ainda a Lisboa moderna da Expo, na estação do Oriente, e seus prédios que rasgam o azul na beira do rio Tejo.

Expo: harmonia entre natureza e arquitetura onde a cidade é mais moderna

  • Venha conhecer Portugal também por conta do fado: as cantigas tristes, que rasgam a alma, mas que contam histórias de amores e outros dias. Descubra a voz inesquecível da cantora Amália, a maior fadista de todos os tempos, mas também sorria ao ouvir o toque irreverente que a banda Deolinda deu ao tradicional fado.




  • O povo simpático e hospitaleiro que vive nesse país. Deixe em casa os preconceitos, as piadas tolas sobre achar que Português é burro e descubra que, em um sotaque diferente, a gente do país é de uma simpatia ímpar, tem orgulho de sua cultura e prazer em contar histórias. Se perca e peça ajuda pra achar o caminho de volta só pra comprovar: os portugueses param o que estão fazendo, saem detrás do balcão só para, da calçada, apontar direção correta a seguir.  Não é fofo isso?
  • Ninguém pode negar a ousadia dos Portugueses nos anos das grandes navegações. Visite o Padrão dos Descobrimentos, observe o mapa imenso desenhado em mosaico do chão e, ao olhar a confluência do Tejo com o mar, pense na coragem necessária para sair sem rumo – e sem GPS! – em direção a imensidão azul.

Padrão dos descobrimentos: deixe a imaginação navegar além mar

  • Deixe de lado o papo de imperialismo e o ranço colonial: se o Brasil foi uma colônia de exploração quando de seu “descobrimento”, é preciso saber que os tempos e os valores sociais e morais eram outros. Era um período de conquistas, de alargamento de mapas e territórios. Se esse for o argumento para não visitar Portugal, corte também a Espanha da lista: afinal, também foram colonizadores... e também o Reino Unido, a França e por ai vai. Bom, fique em casa e certifique-se de que não vive em nenhum pedacinho do que foi, um dia, terra indígena. Ups... não tem como né?!
  • Venha para comer os Pastéis de Belém! Pastéis de nata (a massa folhada com um creme de ovos) existem aos milhares, mas os pastéis de Belém são únicos e, com esse nome, não podem ser vendidos em qualquer outro lugar. Coma dois, dez. Coma até enjoar e volte no dia seguinte pra comer mais. Mas não esqueça de toda a riqueza da confeitaria portuguesa: ovos moles, travesseiros de gila, e tantos mais. E lembre-se: se temos quindim, pudim de leite, ambrosias e afins é graças a influência portuguesa na nossa culinária.

Pastéis de Belém: os originais só são servidos em uma única loja/café 

  • Bacalhau, claro. É preciso provar ao menos dois pratos: à lagareiro (assado com muito azeite e alho é o meu favorito), à Gomes de Sá, com Natas, bolinhos de bacalhau, pataniscas... tanto faz. Mas é preciso lembrar que não é só de bacalhau que vive a culinária portuguesa: frutos do mar em abundância – frescos e com temperos leves -, porco e batatas. A cozinha portuguesa é simplesmente deliciosa. Prove douradas assadas, chocos, polvo... mas não deixe de comer arroz de pato, cozido português, porco alentejano com migas e as famosas francesinhas do Norte.
  • E coma tudo isso com os melhores vinhos do continente. O país sabe como fazer vinho bom e barato: com 3 euros, no mercado, se bebe algo decente. Com cinco, o assunto já é de gourmet. Mas se o vinho for de 1,50 a garrafa, não há problemas: tardes quentes pedem uma deliciosa sangria (vermelha ou branca). Além do tradicional vinho do Porto, prove (e leve quantas garrafas puder) do delicioso Moscatel de Setúbal (melhor que o do Porto, na minha modesta opinião) e, enquanto estiver por aqui, saboreie o suave vinho verde em taças a perder as contas.
  • Divirta-se com as diferenças! Conversar com portugueses é sempre razão para boas risadas... Saiba que geladeira é frigorífico, isopor se chama esferovite e, que ao sair da casa de banho (banheiro) não se pode esquecer de acionar o autoclismo (descarga). Se quiser uma média com leite, peça por um abatanado com leite, mas se tiver calor, tome um gelado (sorvete). Há sempre uma palavra nova e um jeito todo peculiar de construir frases que é uma delícia!
  • E se você já mora na Europa, Portugal é o jeitinho mais fácil de matar as saudades do Brasil. Para quem vem do Novo Mundo pra cá, as diferenças são muitas. Mas para quem já vive do outro lado do oceano, o que mais chama a atenção são as similaridades. E as coisas boas de que sentimos falta! Tem coxinha na padaria, lanchonete que vende pastel e caldo de cana. Tem guaraná no supermercado, farofa e polvilho (doce e azedo). Tem picanha, rodízio de carne e mais... tem gente que fala a mesma língua e tudo em volta vai ser como em casa: em bom português!

Sobe e desce: se deixe seduzir pelas ladeiras de Lisboa
de volta à nave mãe - desde 2008 © Ivana Ebel