Os brasileiros estão invadindo Berlim.
Cada dia mais visitantes chegam para descobrir porque a cidade “pobre,
mas sexy” virou o epicentro de gente descolada, artistas, hipsters,
startups e curiosos do mundo inteiro. É claro que existem aqueles lugares obrigatórios
para ver na primeira visita à cidade, mas além do Portão de Brandemburgo, dos
restos do muro na East Side Gallery e do Memorial dos Judeus mortos na Europa não
é preciso seguir à risca o roteiro Europa mágica. Ai vão as dicas:
Ônibus 100: a linha passa pelos principais pontos turísticos
Fuja dos ônibus turísticos - A maior graça de Berlim está na
sua gente (do mundo inteiro) e na babel de línguas que se fala dentro do metro.
Compre um ticket para o transporte coletivo para a zona AB e divirta-se.
Existem os tickets diários para uma pessoa (6,90 Euros), diários para grupos de
até cinco pessoas (16,90 Euros) ou para a semana, que custam 29,50 Euros. Os
tickets valem até as 3:00 da manhã do dia seguinte e, assim, dá para curtir a
balada. O sistema de transporte de Berlim não tem catracas: funciona na confiança
e pega mal, muito mal tentar dar uma de espertinho e viajar sem o ticket.
Além do vexame, a multa custa 40 Euros e precisa ser paga na hora por quem não
mora na cidade. A situação pode ser complicar e virar caso de polícia
para quem se recusa a pagar e não tem endereço fixo. Uma vez com o ticket em mãos,
não deixe de dar uma volta com os ônibus 100 e 200, que saem da estação
Zoologischer Garten e percorrem os principais pontos turísticos da cidade.
Prefira cervejas artesanais: A Alemanha produz milhares de cervejas
que são vendidas no mundo todo. Portanto, nada melhor que aproveitar uma visita
a Berlim para provar o que não se vai encontrar em lugar nenhum. É só pesquisar
por micro brauerei e escolher a que
fica mais perto do hotel.
Fuja dos hotéis tradicionais: Alias, falando em hotel… A rede de
hospitalidade de Berlin é enorme e tem preços e opções para todos os bolsos.
Mas para quem busca uma experiência mais autentica, a melhor opção é alugar um
apartamento. Eu uso sempre o Airbnb. O preço pode ser bem convidativo e ainda se tem a chance de
cozinhar em casa e, com isso, a desculpa para conhecer os supermercados da
cidade, o que, por si só, é uma experiência interessante.
Kantstrasse: fachadas feias, comida boa e barata
Procure locais alternativos para comer: Mas se o negócio for comer na rua, fuja
dos restaurantes supervalorizados pelos populares sites de viagem e vá onde os
berlinenses vão. Aos fins de semana, há sempre comida de rua nos parques e
mercados de pulgas. Uma sugestão deliciosa eh descer do S-Bahn na Savignyplatz
e andar até a Kantstrasse. A região é conhecida como Chinatown de Berlim e os
restaurantes com fachadas duvidosas tentam conquistar a clientela. A melhor
dica nesse caso é espiar pela porta. Se estiver cheio é sinal de boa comida.
Sempre tem gente comendo em Berlim, não importa a hora!
Torre de rádio: opção bem mais barata
Visite pontos de interesse fora da rota turística: Quer ver a cidade do alto? Nada de
subir na torre da Alexanderplatz e nem no balão do Die Welt. Vá para a Coluna da Vitória, o Sigsäulle e enfrente os quase 300 degraus pra ver Berlim lá do alto pagando 2,50 se for estudante ou 3 euros. Outra opção é a torre de rádio, Funkturm, com uma vista incrível e um preço bem simpático também, a partir de 3 Euros pra
estudante. O mesmo vale para compras: em vez de deixar meio salário nas lojas
de souvenir, que tal uma bijuteria única comprada de um artesão no mercado de
pulgas? São dezenas de mercados na cidade, é só escolher.
Um comentário:
Oi Ivana,
Você falou em alugar um apartamento e não ficar em hotel e me veio uma duvida. É possível alugar um apartamento na Alemanha mesmo sem Schufa e sem já estar trabalhando pra um empregador alemão? minha esposa tem cidadania italiana e nós estamos pensando em morar por um tempo em Berlin.
Obrigado pela atenção, e parabéns pelo blog!
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