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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Viver fora: 10 coisas que eu amo e 10 coisas que eu odeio na Alemanha:

Nem amor nem ódio: só achei a cara "azeda" da Merkel-espremedor engraçada

Depois de vários anos morando fora, fica fácil descobrir o que a gente ama ou odeia em outro país. Nos primeiros anos o deslumbramento borra a avaliação, mas quando chega a fase da rotina e da calmaria, fica mais fácil separar as coisas. Eu já fiz minha lista:

Amor, amor!

1 – Dias longos de verão
Acho que essa é uma das coisas que eu mais gosto por aqui. Me sinto vingada pelo inverno longo e escuro. No verão, as 5 da manhã o dia já está claro e a noite chega para valer depois das 22:00. Quer época melhor do que essa para fazer churrascos na rua, conhecer outras cidades e ter luz para fotografar até tarde? O verão na Alemanha é mágico.

2 – Flohmarket
Os mercados de pulgas são fascinantes. Vendem tudo o que a gente precisa e melhor, tudo o que a gente não precisa. Uma coleção de quinquilharias para todos os gostos, objetos usados e, no meio do caos, tendas de jovens artistas de designers vendendo suas peças diretamente para o público. Esses mercados são o único lugar da Alemanha onde se pode barganhar preços. Aliás, a pechincha é uma regra nesses casos.

3 – Jardins e parques por todos os lados
Nunca conheci outro país no mundo com tanto espaço para as pessoas. E olha que já viajei bastante. Por aqui qualquer esquina vira um parque e mesmo as áreas de maior urbanização são cheias de árvores e com banquinhos para sentar uns minutos ao sol. Em volta da minha casa em Berlim são ao menos sete parques: do gigante Tiergarten aos menorzinhos. Isso sem contar as pracinhas com brinquedos para as crianças. Em todos os lugares que morei na Alemanha, nunca estive a mais de um quilômetro de uma área verde: elas estão por todos os cantos.

4 – Transporte coletivo
Nunca precisei de carro aqui e não tenho o menor desejo de comprar um, mesmo que eles custem muito, muito menos que no Brasil. Eu simplesmente não preciso. O transporte coletivo é variado e em Berlim é especialmente eficiente. É o melhor que já usei no mundo, sem puxa-saquismo. Nunca corro para pegar um metrô: o próximo leva menos de cinco minutos. Além disso, o transporte é 24 horas todos os dias: o metrô fecha, mas os ônibus circulam a noite toda.

5 – Mercados de Natal
Sou apaixonada pelo Natal na Alemanha. É lindo demais. E quem nunca viu, não sabe o que é sentir o clima de Natal de verdade. Todas as cidades do país têm seus mercados. Em muitas, mais de um. As barraquinhas oferecem presentes, enfeites e, sobretudo, comidas típicas dessa época do ano. No ar, reina um cheiro devinho quente com especiarias e amêndoas carameladas. Nos dias de neve a coisa toda parece um conto de fadas.

6 – Segurança
Existe criminalidade na Alemanhas sim e as bicicletas que o digam. Roubo de bicicletas é muito, muito comum. Existem batedores de carteira também. Em Berlim, um crime frequente são as surras aleatórias: um grupo escolhe uma pessoa qualquer na madrugada e bate, bate muito, levando a vítima (que geralmente não tem qualquer relação com o agressor) ao hospital. Mas apesar disso tudo eu me sinto segura por aqui. Eu não preciso ficar olhando para trás a noite quando ando na rua. Posso sacar dinheiro no caixa eletrônico sem me preocupar. Uso meu celular no transporte coletivo, leio em uma tablet e não vou ser assaltada por isso na próxima esquina. Também não vou sofrer um sequestro relâmpago e ninguém vai me prender no banheiro enquanto rouba a minha casa. Essa sensação de segurança não tem preço.

7 – Correios
O Correio aqui também é um banco. Por acaso, o meu banco. Mas não é por isso que gosto. O que me deixa feliz é saber que existem concorrentes e posso escolher como enviar minhas coisas pra lá e pra cá. O serviço aqui funciona muito rápido: uma caixa de uma cidade A para B chega no dia seguinte e custa muito pouco. O sistema de entrega também é bacana: se você não está em casa, deixam a encomenda com um vizinho e um bilhete na sua caixa do correio avisando quem está com a encomenda. Além disso, você pode escolher por receber em uma estação de pacotes: recebe em casa um código e vai até a estação – que tem um monte de armários como aqueles de rodoviária –, digita os números em um computador e a porta do compartimento da sua encomenda se abre: 24 horas por dia.

8 – Ciclovias
Mesmo com o transporte coletivo impecável, ninguém precisa usar os serviços. Uma rede de ciclovia se espalha pelo país inteiro, com rotas intermunicipais e espaços para ciclistas em todas as ruas de todas as cidades. Você tem preferência quando está pedalando: os carros param para você passar. Existem normas de como pedalar, equipamentos de segurança obrigatórios e um número relativamente baixo de acidentes se comparado com o volume de ciclistas em todo o país. Uma bicicleta é um objeto fundamental na vida de quem mora nesse país e as crianças aprendem sua importância desde o momento que começam a andar. Primeiro, com bicicletas sem pedal, só para treinar o equilíbrio. E ai, com menos de três anos já estão pedalando pelas ruas também.

9 – Horários
Pontualidade é uma coisa que me comove. Eu odeio esperar, odeio gente atrasada e a Alemanha me faz feliz nesse aspecto. Eu acho que cumprir horários é uma questão de respeito: é como dizer que eu sei que seu tempo vale tanto quanto o meu. Isso por aqui é lei: todo mundo chega na hora e, quando não, avisa imediatamente que vai se atrasar cinco ou dez minutos. Mais do que isso ninguém se atrasa. Isso vale também para o horário de trabalho. É lenda dizer que os alemães trabalham muito: na verdade eles trabalham menos horas que os brasileiros, mas são muito mais focados – e por isso mais eficazes – do que nós. Quando estão no trabalho estão realmente fazendo o que tem que fazer, sem distrações e, por isso, quando termina o expediente, levantam e vão embora. Fazer horas a mais – com raras exceções – significa que você não foi eficaz o suficiente para fazer tudo o que deveria nas horas previstas.

10 – Ordnung
Esse é meu caso de amor e ódio. Falo aqui das coisas boas e depois dos aspectos negativos. Para tudo aqui existe uma regra e para viver em harmonia basta seguir o que está planejado previamente. Isso me comove e torna a vida muito mais fácil. Meu marido sempre brinca e diz que na Alemanha não se precisa pensar: é só ler o manual, porque alguém já previu a situação e pensou em uma saída pra ela. Concordo plenamente e essa organização me da uma sensação de controle muito grande sobre a vida.

11 – (Bonus track!) Silêncio
Eu nunca me dei conta do quanto aprecio o silêncio até conhece-lo de verdade. O Brasil é muito, muito barulhento: tem sempre alguém berrando, um carro buzinando, um vizinho ouvindo uma música horrorosa em um volume que perturba o bairro inteiro. Por aqui, barulho é sinônimo de agressão e todo mundo tenta ser o mais silencioso possível. Eu moro no centro de Berlim e cada vez que abro a minha janela, a única coisa que escuto são passarinhos. E isso acontece pelas ruas também: o canto dos passarinhos na primavera é mais alto que o som dos carros. E mais: nas casas, a televisão não fica ligada o dia inteiro, como se fosse o membro mais importante da família. Aliás, muita gente sequer tem televisão em casa e poder conversar sem disputar o volume com o aparelho já traz uma tranquilidade sem tamanho.

Ai que ódio!

1 – Tudo fecha aos domingos
Todo o sábado os supermercados se transformam em uma praça de guerra. Quem deixa pra ir depois do almoço já sabe que pode ficar sem muitos dos produtos, uma vez que não existe o padrão de repor mercadorias o tempo todo nos mercados. No domingo, nada abre. Em Berlim, a maior cidade da Alemanha, é possível contar em uma mão os mercados que trabalham. Já no interior, nenhum. Se esqueceu de um dos ingredientes da receita, o negócio é mudar o cardápio, por que não se acha.

2 – Cinema dublado
Todo o filme que passa no cinema alemão é dublado. No Brasil esse costume horroroso tem avançado e sinto uma pena imensa. Metade da atuação de alguém - ou mais!- está na voz e juro que até o Brad Pitt fica feio quando abre a boca e sai alemão. Eu amo cinema, mas vou pouco por aqui por conta da falta de opção de títulos com som original. Em Berlim a coisa é menos pior, mas no interior do país, nunca se acha.

3 – Sistema bancário
O sistema bancário alemão vive no século passado. É lerdo, muito lerdo. Depósitos não entram imediatamente na conta, transferências levam dias, pagamentos feitos com cartão de débito não caem na hora. Os serviços não são tão caros, os juros não chegam nem perto dos brasileiros, mas a lentidão me chateia. A única coisa boa é que quase todos os serviços podem ser feitos pela internet e assim nunca preciso enfrentar as filas da agência.

4 – Furadores de fila
Falando em filas... Acho que furar fila é o esporte nacional favorito dos alemães. Nunca vi nada assim no mundo. Eles têm uma cara de pau sem paralelos. Chegam pela lateral e vão se enfiando até que alguém berre reclamando. Se não berrar, eles ficam. E a prática começa cedo! Outro dia estava em uma loja de rede, em um sábado (nunca faça isso!) esperando para provar umas roupas. Uma adolescente veio pelo lado e foi se enfiando, entrando pelo corredor para “ver se todos os provadores estavam mesmo ocupados”. Soltei a brasileira que vive comportada dentro de mim e mandei a fulana para o fim da fila perguntando se a mãe dela não tinha dado educação. Depois pensei que a mãe dela deveria estar, naquele momento, tentando furar a fila de um caixa de supermercado.

5 – Gema
Leia Guêma. É o Ecad da Alemanha e eles aparecem na sua vida a todo o momento. Sabe porquê? Por que cada vídeo do Youtube precisa ser liberado por eles através de um acordo com a gravadora. Então, 80% de todos os vídeos que meus amigos compartilham nas redes sociais... tchã! Não consigo ver. Claro que sempre tem como dar um jeitinho, mas vai que alguém conta para Gema.

6- Inverno longo e escuro
O inverno aqui é quase infinito. Em setembro se começa a usar uma blusinha e a blusinha só sai do corpo depois da metade de maio. Ou seja, são pelo menos oito meses por ano com uma camada a mais de roupa. Camiseta e braços de fora, em poucos dias e raras noites. Mesmo no verão é melhor levar a tal da blusinha. Mas isso não é o pior. Que tal dias em que o sol nasce só perto das 9:00 e as 15:00 está se despedindo? Bem-vindo a Alemanha. A escuridão me deixa com a sensação de ter tido o meu dia roubado e isso me deixa mais pra baixo do que as temperaturas negativas.

7 – Televisão
Nunca fui a pessoa mais aficionada por televisão na vida, mas a tv aberta na Alemanha não é ruim: é pior. As primeiras vezes que eu liguei achei que estava vendo algum especial dos anos 80, mas depois me acostumei que a estética é assim, digamos, peculiar. Filmes antigos estão em todos os canais (dublados, claro!), seguidos de documentários mais velhos ainda, sempre sobre a guerra. Os jogos de futebol são o maior sonífero: o narrador fala duas palavras a cada cinco minutos e você acha que o som da televisão estragou. E tudo isso custa caro. Não ia me importar com a qualidade se eu não tivesse que pagar um imposto pelo serviço, mesmo que eu nunca – ou raramente! – use. São quase 18 euros por mês, obrigatórios e debitados em conta a cada três meses. E quem não paga pode ser fiscalizado e multado.

8 – Egoísmo
No Brasil tudo se partilha. Você ganha um chocolate, tem que oferecer para quem está por perto. Você compra um pacote de chiclete? Pega um e esquece do resto. Por aqui não. Ninguém oferece nada, nunca. E quando você oferece as pessoas não sabem muito o que fazer. Essa coisa do egoísmo é, na verdade, individualismo. Já vi casais (felizes e bem casados) em que cada um lava a sua própria roupa: eu acho que a tarefa é responsabilidade dos dois, mas seria menos complicado revezar de quem é a vez de lavar tudo, não acham? Outra coisa comum por aqui é a pessoa sentar no banco do trem ou do ônibus e colocar qualquer coisa para ocupar o banco do lado: uma mochila, um casaco, o que estiver à mão. Assim, quem quiser sentar tem que pedir para que o ser humano em questão remova seus pertences e vai ganhar uma olhada feia em resposta quase sempre. É normal o trem estar razoavelmente cheio e ninguém se dar ao trabalho de abordar o “dono do espaço”. Eu peço e ainda dou um sorrisinho pra cara feia.

9 – Erdnuss flips e Rumkugel     
E aí você vai na festinha dos seus amigos estudantes e quando chega lá encontra aquela bacia cheia de chips, aqueles amarelos, que passou a infância comendo. É um momento de felicidade, sempre. Um reencontro com a infância. Até encher a mão e levar os primeiros a boca. Difícil mesmo é não ter nenhum lugar por perto para cuspir. Os tais salgadinhos amarelinhos, tão iguaizinhos aos nossos, são uma fraude! Eles têm sabor artificial de amendoim. Um viva (SQN!) para quem inventou essa porcaria. E outro viva para quem teve o dom de avacalhar com a sagrada receita do brigadeiro. Por aqui existem as tais das Rumkugeln, ou seja, bolinhas de rum. Elas são exatamente iguais aos nossos brigadeiros, mas vem em caixinhas ou saquinhos, sem as forminhas. Tudo lindo até o momento de pôr na boca e sentir aquele sabor forte de álcool e um doce que nem doce sabe ser. A propósito, nesse caso existe o outro lado da moeda. Os alemães olham nossos brigadeiros e pensam: oba, Rumkugel! Gosto não se discute... E aí colocam na boca e tem uma crise diabética: a maioria detesta porque acha doce, doce, mas doce demais.

10 – Ordnung

Meu caso de amor e ódio com a Alemanha está aqui na lista também. Se por um lado é muito bom que existam regras para tudo, por outro a margem de manobra para a criatividade é muito pequena. Espontaneidade é quase proibida por aqui, já que fazer qualquer coisa sem pedir a autorização meses antes, sem avisar, sem convidar é fora da lei. E nem pense em bater na casa de alguém dizendo que estava passando pela rua e resolveu visitar. Está fora do Ordnung. Sabe aquele parque lindo do lado da sua casa, perfeito para um piquenique e um churrasquinho? Não pode, o Ordnung não permite. Essa palavrinha significa muito mais do que regras, é o status quo de um país que não sabe o que fazer quando a vida cria situações que não estão nos manuais.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Roteiro de turismo na Alemanha: Cinco dicas para os amantes de cerveja encontrarem o melhor em Berlim

Bier: o logo da Eschenbräu é feio, mas a cerveja é boa, muito boa

A Alemanha é sinônimo de cerveja e visitar Berlim pode ser a chance de fazer um mergulho no que o país tem de melhor. Apesar da fama cervejeira ser da Francônia, região que abrange o Norte da Baviera, o Sul da Turíngia e um pedacinho de Baden-Württemberg – Berlim tem reunido o melhor fora do eixo industrial. Por aqui, dezenas de microcervejarias têm encontrado mercado para os seus produtos e o número de fãs só cresce.

Assim, quando vier a cidade, minha dica é fugir das cervejarias mais tradicionais e de rótulos conhecidos do mercado. Apesar dos preços salgados, cervejas da Paulaner, Erdinger, Höfbrau, por exemplo, podem ser encontradas facilmente no Brasil. Então, aproveite a chance para beber e conhecer o que não se pode ter em casa.

1 – Vá a um bom Getränkemarkt
Os supermercados maiores (Edeka, Real, Kaufland, Rewe) costumam ter uma boa oferta de cervejas, mas os mercados especializados em bebidas, Getränkemarkt, selecionam seus estoques com mais carinho. Pode ser qualquer um: as estantes são como a Disneylândia dos cervejeiros e com preços bem alemães. Cervejas boas a partir de 0,65 € a garrafa de meio litro. A rede de lojas de bebidas Hoffmann é um bom ponto de partida.

Variedade: mesmo nos supermercados, não faltam opções de cerveja

2 – Visite uma loja especializada

São muitas pela cidade e cada um elege sua favorita. Elas reúnem aquelas preciosidades do mundo todo, cervejas artesanais e mesmo raridades. As cervejas não custam tanto quanto em um bar, mas os preços começam nos 2 Euros, geralmente. Eu gosto da Berlin Bier Shop por conveniência: é perto de casa e tem uma carta que não faz feio (apesar do site não fazer jus a loja!).

Arminiusmarkthalle: barris abastecidos com as melhores cervejas de Berlim


3 – Visite o Mercado Público Arminiusmarkthalle

Várias cervejarias nasceram e floresceram na região do Moabit em épocas passadas. Algumas fecharam e outras param de servir o público diretamente e concentraram suas torneiras nos diversos bares e restaurantes desse simpático mercado. Fique atento que o local fecha cedo, por volta das 19h, mas é possível entrar pelos fundos para beber cerveja e comer em um dos muitos restaurantes que se instalaram lá. Procure por esse ai da foto e peça o carrossel de degustação, com cinco cervejas locais (100 ml cada) por 5 Euros: uma preciosidade. Não deixe de provar a Berliner Weiss, que é uma cerveja de trigo bem azeda e pouco convencional. Eu particularmente não gosto, mas vale a experiência. As minhas favoritas são a Kreuzberger Tag und Nacht.


Menu de degustação: cinco copos de 100 ml por 5 Euros

4 – A cervejaria mais feia de Berlim
O lugar não é exatamente fácil de achar: a cervejaria fica nos fundos de um condomínio estudantil e muita gente desiste na porta achando que está no lugar errado. Vai ver esse é o segredo da Eschenbräu. Durante o verão, há um Biergarten na rua e o divertido é que você pode levar a própria comida, se quiser, e pedir uma das cervejas da casa para empurrar tudo pra baixo. Eles oferecem uma pilsen, uma escura e uma de trigo o ano todo e, a cada mês, uma especialidade. É preciso conferir o cardápio de produção. A Black Mamba, uma dessas ofertas, foi uma das melhores cervejas que já bebi na vida. Ah, antes que eu esqueça: o título de cervejaria mais feia vem por conta do logo e da decoração. É muito mal desenhado, propositalmente, quero crer.

5 – O point hipster das cervejas artesanais


A Vagabond é um daqueles lugares obrigatórios em Berlim, frequentado por gente da cidade e não por turistas. Vale pela essência da ideia e pelas cervejas, claro. A cervejaria foi fundada por três americanos cansados da mesmice das marcas comerciais da cidade. A ideia se tornou realidade por financiamento coletivo (crowdfunding) e hoje em dia o espaço é pequeno demais para tantos fãs. Por isso, evite os fins de semana, onde é até difícil chegar perto do balcão. Durante a semana, com sorte, se acha espaço em uma das cinco mesas da casa. O local é o mesmo onde as cervejas da casa são feitas (pode espiar!), mas elas não são as únicas estrelas. As torneiras servem ainda a produção de cervejarias parcerias em pequenas quantidades e é bem normal o quadro de ofertas mudar durante a noite. Além disso, o cardápio de cerveja tem ao menos uma centena de marcas, todas classificadas por tipo e sabor. Não espere pagar barato, mas vá com a certeza de sair feliz (e bêbado!).
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