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domingo, 8 de julho de 2012

UFC: A nova fábrica de pseudo-heróis nacionais


Eu não gosto de lutas.  Nunca gostei. Particularmente acho que uma das formas mais divertidas de luta é a de 22 homens por uma bola. E o Brasil sempre achou isso também. Ou achava, ao menos. Eu saí do Brasil em 2008 – antes das mulheres frutas, antes do sertanojo virar modinha na balada e quando ainda se discutia que estados seriam ou não sede da Copa do Mundo de 2014. Não tinha, para a alegria dos meus ouvidos, nem thcu, tcha e nem tchechererê. E eu achava que as coisas já não iam muito bem... Naquela época, as notícias mais relevantes de luta falavam do desempenho dos judocas brasileiros nas Olimpíadas. E deu.

Mas a coisa toda mudou e, de uns tempos pra cá, todo mundo parece ter virado fã de luta. Minha timeline do Facebook, o Tweeter e tudo o mais só fala de UFC (que eu tive que pesquisar pra saber do que se tratava), porrada, Anderson Silva e o que mais... e isso me enche de uma pena infinita. É triste ver tanta gente manipulada por uma convenção comercial: a Globo compra os direitos de transmissão de um campeonato que não tem qualquer relação cultural com o Brasil e o povo todo vira fã de carteirinha do dia para noite.

Já não bastasse vestir a moda das novelas e repetir os bordões dos personagens. Já não bastasse votar nos candidatos do Jornal Nacional. Já não fosse o suficiente idolatrar o Luciano Huck e a Angélica... agora cabe ao projeto comercial de uma emissora criar os novos heróis nacionais e a nova febre de audiência. Já passou da hora de desligar a TV e ler um livro. É muita pobreza de espírito...

de volta à nave mãe - desde 2008 © Ivana Ebel