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segunda-feira, 29 de março de 2010

Variedadade esportiva na Uni-Bremen

Hoje foi dia de acordar cedo. Mais precisamente, 6h55, porque as 7h em ponto entrava no ar o sistema de matrícula para o semestre esportivo da universidade. É preciso ser rápido e deixar tudo digitado antes, só copiar e colar nos formulários: se não, fica sem a vaga em alguns dos esportes mais concorridos. Natação é um deles: o normal é ficar na fila de espera. Sobre essa experiência esportiva, algumas considerações.

A estrutura esportiva da universidade é de deixar inveja! O preço pago pelos estudantes pela matrícula é pelo semestre todo. Natação: 17 euros, hidroginástica (que é o que eu vou fazer), 25. Muito mais barato que qualquer academia ai no Brasil.

Além disso, a lista de esportes disponíveis é imensa. Contei, por cima, 129 modalidades. Fora as subdivisões para cada uma: por idade, sexo, grau de experiência e por ai vai. A variedade tem coisas tipo capoeira, reggeaton, pilates e tudo o que imaginar. Pode espiar.

Mas o curioso é que a lista tem uns esportes que eu chamaria de “perolas”. Perdoem a minha ignorância... mas olha esse treco ai: Rhönrad é o nome da modalidade.



Gostou??? Ainda tem vagas...

Importante também é saber que a universidade está preocupada com a integração social dos estudantes por meio dos esportes (sic!). Pra quem não fala alemão: Nonverbale Kommunikation (esporte isso!?!???). E pra quem é brasileiro ou de qualquer lugar do terceiro mundo e ta preocupado em achar emprego na volta ao país, eis o fim dos seus problemas: Jonglieren.



Emprego garantido em qualquer sinaleira da América Latina, por apenas 17 euros o semestre! Ainda da tempo de fazer a matrícula!!!

domingo, 28 de março de 2010

Pastel caseiro com gostinho de feira


Quem mora fora do Brasil sabe que uma das maiores saudades é de pastel. Sinceramente, quando morava por lá, era uma coisa que raramente comia... mas longe de casa, pastel parece ter um gosto de nostalgia. Então, já tinha feito várias tentativas frustradas e até uma acertada, como a massinha do chinês. Mas dessa vez, cheguei a sentir orgulho...

Bom, a receita que tomei por base é do site Culinária & Receitas, mas a que segue abaixo é a minha adaptação simplificada e que funciona bem pacas!

Ingredientes:


3 colheres de sopa óleo
2 colheres de sopa cachaça
1 colher chá de sal
1 ovo
3 xícaras de trigo (eu uso uma xícara pequena pra isso)
½ xícara de água morna

Preparo

Coloque todos os ingredientes, exceto a água, em uma bacia e vá trabalhando com a mão. Vai virar uma “farofa”. Então, acrescente a água aos poucos até que a massa fique bem homogênea e desgrude da bacia. Trabalhe bem com as mãos. Para fazer os pasteis, separe um pedaço de massa do tamanho de uma bola de tênis de mesa, polvilhe uma superfície lisa com trigo, e estique bem, ate atingir cerca de 20 cm de diâmetro. Vai ficar bem fininha e mais úmida e frágil que as massas que se compra no Brasil. Por isso, não coloque uma sobre a outra. Coloque, então o recheio de sua preferência, feche com um garfo e frite em óleo quente. Tenha bastante cuidado ao manusear o pastel já recheado, já que a massa é bastante delicada e pode rasgar facilmente. Outra dica: faça o recheio bem seco para não danificar a massa e vá fritando na medida que fecha os pastéis. Ficou ótimo! Rende entre 9 e 10 pasteis grandes.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Acorda lobinho!!!!!!!

O lobinho já acordou. Vamos deixar que ele descanse em paz agora, neh! :)

Afinal, não quero ser eu a "a PISTOLEIRA que destruiu a tua vida"



Fica a moral da história: Nunca deixe de ler um release até o final!!! ehheehhehehehe

quinta-feira, 25 de março de 2010

E se meus colegas de aula fossem abduzidos...

Eu moro na Alemanha, mas às vezes, é como se eu morasse em uma espécie de embaixada da ONU, onde gente de todo o mundo se encontra e o que menos se escuta é alemão. Isso acontece, especialmente, quando tenho aula. Na minha turma de projeto – aqui, além da tese, você participa de um projeto coletivo de um ano - éramos, originalmente em 13 pessoas: três brasileiros, dois alemães, dois indianos e um representante da Indonésia, China, Jordânia, Bolívia, Irã e Palestina. Uns ficaram pelo caminho mas, mesmo assim, a pluralidade permaneceu. E as diferenças.

O que no primeiro mês parecia mágico e divertido, com o tempo, se transformou em um pesadelo. Assim como não se pode julgar um livro pela capa (embora eu pense que bons autores tem verba o bastante pra contratar designers competentes!), não dá pra fazer um tratado sociológico sobre o país baseado em seus representantes únicos. Entretanto, fora as particularidades de cada um – mais esperto, esforçado ou mesmo preguiçoso, briguento – dá pra arriscar algumas generalizações.

Então, se minha classe fosse “abduzida” para estudos, as conclusões dos “pesquisadores” poderia ser mais ou menos (loucas ou certas) assim:

Brasileiros: migram muito para a Alemanha e já são em maioria. Mais que os próprios alemães. São brancos. De um modo geral, as mulheres (duas na amostragem) são engajadas, ativas e participativas, mas os homens desse país parecem apresentar um certo atraso.

Alemães: são todos do sexo masculino e loiros. Tem olhos azuis, mas não possuem um padrão de comportamento. Ou são hiperativos ou simplesmente desaparecem no meio do barulho. De modo geral, amam música eletrônica e computadores brancos.

Índia: todos homens também, mas é difícil entender o que dizem, mesmo quando afirmam que se trata de inglês. Fumam muito e desaparecem com freqüência. Costumam ter problemas com avarias de produtos tecnológicos provocadas por quedas ou mau uso de eletrônicos.

Jordânia e Palestina – grupo masculino que pode ser agrupado por questões político-religiosas. São sensíveis e sempre se colocam na postura de minoria prejudicada. Por conta disso, todos os demais ajustam seus horários para respeitar suas necessidades religiosas, mesmo que eles peçam um tempo para rezar e depois não apareçam no horário combinado sem qualquer justificativa.

Indonésia e China – agrupados por questões geográficas, apresentam olhos puxados e são do sexo feminino. Não sabem dizer não, mas pior que isso: tem verdadeiro problema em aceitar não ou qualquer tipo de crítica, não importa o quão construtiva. Se agrupados com outros indivíduos, alguns podem ser brilhantes e produtivos. Em especial o grupo Indonésia tem forte relação cultural com o Brasil: tanto em palavras comuns em seu idioma, como nos ingredientes de sua cozinha tropica. Os dois grupos se julgam os inventores mundiais do “brigadeiro”.

Bolívia
– indivíduo do sexo feminino já em fase reprodutiva. Acompanha um filhote, também do sexo feminino. Gentis e amigáveis, os indivíduos desse grupo mantém uma postura discreta, porém colaborativa e evitam conflitos.

Irã – curioso grupo formado por um representante do sexo feminino. Bastante fechado no início, mas colaborativo quando estimulado. Fecha-se ao defender-se, mas tem histórias curiosas pra contar quando encontra espaço.

sexta-feira, 19 de março de 2010

FairPlay x falta de educação

Eu gosto de viver na Alemanha e de um modo geral, vejo muito mais coisas positivas do que negativas aqui. Mas às vezes, algumas coisas irritam profundamente e nessa hora sinto falta de não saber todos os palavrões possíveis nessa língua tão cheia de consoantes. Pra ser justa, então, divido o post em duas partes e conto a história toda.

FairPlay


Nesta quinta-feira fui ao Weserstadion, a trabalho, acompanhar o jogo Werder x Valencia – segunda rodada das oitavas-de-final da UEFA Europa League. Havia uns 40 torcedores espanhóis por lá, cercados por uns 80 seguranças o que ficou cômico e obviamente, desnecessário. Mas o tal do FairPlay – por parte dos alemães, diga-se bem! – começou cedo.

Recebi, na terça-feira, um e-mail da assessoria do Werder com o convite da festa que a torcida organizada do Werder estava preparando para os espanhóis. Isso mesmo! Não errei os nomes. Os alemães organizaram uma recepção (leia-se “esquenta”, no Brasil) para os torcedores visitantes. Confesso que tal grau de civilidade me deixou boquiaberta. E feliz por morar em um país que sabe se comportar assim.

No jogo – apesar do Valencia não ter retribuído a elegância do FairPlay em campo –, os alemães voltaram a mostrar que sua paixão é pelo bom futebol. O Werder – que tinha empatado o primeiro jogo, lá, em 1 a 1 –, acabou empatando, em casa, por 4 a 4. O resultado – pela regra de gols marcados fora de casa – deu a vaga nas quartas-de-final aos espanhóis e fez os alemães, que na temporada passada chegaram à final, despedirem-se mais cedo da competição.

Como a torcida reagiu ao fim do jogo??!?!?! Aplaudindo o time, de pé, pelo grande espetáculo que assistiu. Foi um jogão de bola e o torcedor soube reconhecer isso. Bateu palmas na saída dos jogadores, cantou o hino do time ‘derrotado’ e foi, civilizadamente, embora. Eu fiquei até mais tarde gravando uma entrevista (que ta aí ilustrando esse post) com o Hugo Almeida – atacante português que marcou um golaço e, sem protecionismo, foi o melhor em campo pelo Werder. Quando saí, ainda vi uns espanhóis bebendo pela rua e os alemães – que amam passar férias em Mallorca – enrolando a língua pra bater um papo. 100% FairPlay.

Falta de educação

Mas nesta mesma Alemanha, as pessoas não fumam: elas comem cigarro. É impressionante o número de tabagistas por aqui e a falta de educação deles. E a falta de leis e regras para disciplinar o consumo de cigarro em ambientes coletivos. O país gira em torno de quem fuma e quem não fuma – e ODEIA cigarro, como eu – que se dane. Foi assim durante o jogo. A tribuna de imprensa não fica separada da torcida: prova de civilidade. Mas tem sempre um cidadão que se acha no direito de passar a partida inteira dando baforadas de um insuportável charuto (um após o outro, na verdade) na cara de quem está por perto. No caso, a minha.

Com todo o português que me cabe: filho da puta, desgraçado, mal educado. Que pegue a merda do charuto e enfie no cu. É o mínimo que ele mereceria ouvir se eu soubesse tudo isso em alemão. E o mesmo vale para todos os fumantes (amigos, familiares, conhecidos e desconhecidos): não fumem perto de mim. Eu odeio cigarro e o cheiro maldito que ele deixa em toda e qualquer pessoa.

Ufa. Desabafei.

Por outro lado, ontem, fomos a um pub irlandês festejar o St Patrick’s Day... e TODOS os fumantes usavam ou a área reservada ou fumavam na rua. Voltei para casa sem um cheirinho de fumaça... Louvável. Vai ver é porque quase ninguém no pub falava alemão...

Mas hoje, a falta de educação compensou e me fez esquecer o “bom comportamento” do dia anterior. Não bastasse o fumacê do jogo, na volta pra casa, esperando o trem, sentei no banco vazio da parada. Eis que chega um cidadão, de posse de seu fedorento charuto, falando ao celular e, sem o menor vestígio de estar se preocupando, senta-se do meu lado e passa a baforar na minha direção. Outro grandessíssimo filho da puta. Levantei, saí, jurando que vou aprender todos os xingamentos do mundo para essas situações. Por hora, só tenho um desejo: que todos os malditos apreciadores de charuto apodreçam seus pulmões e morram asfixiados na própria fumaça da forma mais horripilante possível. No mínimo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dicas de beleza (produtos e afins)

Esse post era, originalmente, um comentário no blog do jornalista e ex-colega de redação em tempos de Brasil, Oliver Albert, em um post com observações muito cuidadosas sobre a beleza feminina aqui na Alemanha. Depois de uns acréscimos, aqui vão as dicas pra quem está chegando:

Cabelo:

Bom, em quase dois anos aqui, quem corta meu cabelo é meu namorado… Salões de beleza são caros. Não se acha nenhum corte por menos de 15 euros (e isso só o corte. Vá com o cabelo já lavado de casa pra economizar essa parte!!!).

O que vale a pena aqui na Alemanha é tinta de cabelo: excelente e bem mais barata que o Brasil. Mesmo as marcas mais simples são assinadas por grandes fabricantes (duram mais e deixam o cabelo mais macio). Da Schwarzkopf, da pra encontrar por 1,99 euros o kit no Rossmann (Em promoção, mas isso acontece todo o mês! :) )

Shampoo é uma maravilha aqui! Além de toda aquelas linhas da Elseve, Nívea, Frutics, Garnier e sei lá mais o que, tem outras marcas tão boas quanto. Os preços não mudam muito (um bom condicionador custa uns 3 euros), mas dá pra comprar produtos decentes e “usáveis” por menos de 1 euro de marcas próprias dos supermercados e até mesmo do Rossmann (depois que você chegar aqui na Alemanha vai saber bem o que é Rossmann, já que tem um em cada esquina!). Só não sei das opções para cabelos cacheados e afro. Se alguém tiver dicas, avisa que adiciono aqui.

Unhas:


Fazer as unhas na manicure!?!! Nem pensar. Não se acha nada por menos de 15 euros, só a mão! Além disso, aqui não se faz cutícula. A mulherada tem mania de colar aquelas unhas plásticas ENORMES, já pintadas e cheias de florzinha (medo!! eheheh).

Esmalte aqui é caro e ruim: encontra-se uns mini potinhos por 1,20 a 1,50. Normalmente, custam entre 5 e 6 euros cada, mas mesmo os de boas marcas, descascam logo. Para felicidade geral da nação, a Maybiline (ou qquer coisa parecida) está vendendo esmaltes Colorama. Custam 1,99, mas as cores e opções não chegam a 10% do que há no Brasil. Dica: compre vários (escolha os com a data de validade maior) e traga na mala.

Alicate de unha também é artigo de luxo. NUNCA vi nada parecido com os nossos para vender. Afiar alicates aqui, então, nem pensar. Eu trouxe uns três da Mundial, que eram meus favoritos ai, mas me arrependi: são mais caros e perdem o corte como qualquer outro. Então, a dica é: traga mais alicates daqueles de cabo plástico mesmo, baratinhos...

Depilação:

Depilação também é bem diferente do Brazil… tira-se muito menos (só o que apareceria na roupa de banho - o modelo “Biquini wax”) e raramente se acha quem faça. O esquema é gilete e aqueles cremes depilatórios tipo Veet (que vende aqui). Eu trouxe uma maquininha de aquecer a cera do Brasil (daquelas da Depiroll) e aprendi a depilar minha própria perna. Os refis de cera, não tem pra vender aqui, então peço sempre de “contrabando” quando alguém vem visitar.

Corpo:

Sabonetes tem muito. Dove, Nívea, Palmolive... essas marcas multinacionais. Mas sinto uma falta danada dos sabonetes da Natura. Então, minha mãe sempre manda de presente e só uso esses, mesmo aqui :). Ah, tem Bbodyshop, mas acho caro demais...

Cremes para o corpo são uma necessidade, não frescura. A água tem muito calcário e isso resseca muito a pele. No verão, os cremes mais leves (como os que vendem no Brasil) dão conta, mas no inverno, tem que apelar para uns bemmm gordurosos se não a pele descasca mesmo. Neste quesito, sou fã de uma marca chamada Bebe (entre 2 e 3 euros o pote grande), mas tem bons cremes mais baratos, como um chamado Edena (quase sem cheiro e BEM oleoso, que vende no Aldi).

Perfumes aqui são bem mais baratos que no Brasil. Então, aproveite pra fazer coleção. O Sunflower, que eu amo, as vezes chega a custar 11 euros nas promoções do Rossmann. :)

Rosto e maquiagem

Tem para quase todos os bolsos. As marcas mais famosas são mais baratas aqui do que no Brasil, mas não existe nada tipo: batom de 2 reais da Avon...

Uma coisa que não da pra ficar sem é hidratante labial. Logo que cheguei, era mês de outubro, meus lábios racharam feio... Compre um BOM hidratante: o melhor que já usei vende em farmácias e se chama Bepantol (o mesmo nome da pomada de bebê ;) ). Ele hidrata e cicatriza as rachaduras.

Cremes anti-idade são ótimos aqui. Todas as linhas internacionais à disposição. Além disso, os supermercados tem suas marcas e muitas batem um bolão. Existe aqui um teste de qualidade chamado Öko-test. Se tiver dúvida na hora de comprar, procure os que tem o selinho com a avaliação Sehr Gut (muito bom) ou Gut (bom). É uma boa indicação de que vale à pena...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Cozinha brasileira: Receita fácil de pão de queijo com ingredientes da Alemanha


Essa receitinha eu encontrei, originalmente, na comunidade “Cozinhar na Alemanha”, do Orkut. A foto é do instagram do maridão, espia o capricho das receitas que ele faz!! Essa receita fica perfeita, mesmo feita por quem não sabe cozinhar – já adaptada às quantidades e produtos que se encontra aqui na Alemanha – e não tem como errar. Como por aqui o ambiente é bastante multicultural – especialmente para mim, que faço mestrado em inglês e tenho amigos do mundo todo – servir pão-de-queijo sempre agrada. Essa unanimidade é coisa bem rara: tem sempre quem não come porco, outro não gosta de salada, um tem aversão à cebola ou mesmo bastante vegetarianos. Então, pão de queijo é tipicamente brasileiro e rouba a cena. Como muitos amigos internacionais curtiram o pão de queijo, acabei escrevendo a receita em inglês também

Ingredientes:

400 gramas de Tapioka Mehl ou Tapiokastärke (Vende o pacote com esta medida exatamente nos mercados asiáticos, é o nosso polvilho doce)
200 gramas de queijo ralado (Aqueles pacotinhos prontos facilitam a vida. Eu gosto de usar gouda ou emental - ou misturar os dois. Se quiser adicionar ainda parmesão, granapadano ou pecorino, fica ótimo, mas sai um pouco mais caro)
2 ovos
1 colher de sopa de sal
75 ml de leite
75 ml de água
75 ml de óleo (eu gosto de usar azeite de oliva, pra dar uma temperada, mas pode ser qualquer um)

Preparo:

Em uma panela ferva o leite, a água e óleo. Em outro recipiente, coloque o a Tapioka Mehl e o sal. Acrescente a mistura bem quente sobre o polvilho e mexa com uma colher. Espere esfriar até poder manusear a massa e, então, vá acrescentando um ovo de cada vez, trabalhando a massa com as mãos. Quando obtiver uma massa uniforme, acrescente o queijo ralado e deixe descansar por cerca de 15 minutos.

Pré-aqueça o forno a 180 graus. Unte as mãos com óleo ou manteiga e faça as bolinhas com três a cinco centímetros de diâmetro. Coloque-as na forma untada com óleo ou “Backpapier”, separadas por uma distância de um a dois centímetros, já que vão crescer enquanto assam. Leve ao forno por 10 a 15 minutos – ou pelo tempo necessário para que fiquem dourados.

Ps.: Se quiser, pode fazer as bolinhas e congelar. Ainda é possível assar os pães por apenas 10 minutos, tirar do forno e congelar pré-assado.

Bom apetite!!!

domingo, 14 de março de 2010

Bremen – Onde achar e como economizar no dia-a-dia

Pra quem está vindo morar em Bremen, antes de viajar, não deixe de ler com atenção as Tips and Triks que os brasileiros Pedro e Luiza (queridos vizinhos e colegas de mestrado) prepararam no blog Horny Mule... Aliás, o blog todo é bem legal :D

Pra quem já chegou e precisa começar a vida de estudante do zero, ai vão algumas dicas (que podem ser óbvias para uns, mas serão úteis para outros).

Para a casa:

Móveis, pratos, panelas, talheres por bons preços

IKEA –.Dá pra espiar o site em português (de Portugal) e ver os preços e opções, que muda pouco (ou quase nada) para a Alemanha. Bom também para comprar lençóis, travesseiros e edredons.
Para chegar lá: na Hauptbahnhof, pegue o trem 4 em direção Arsten e desça na estação Hukelride. De lá sai o ônibus 53 cuja parada final é dentro do pátio do IKEA.

Acessórios de cozinha, decoração, mil e uma bugigangas


McGeiz – Tem várias lojas na cidade com seções de 0,55 centavos, 1 euros, 2 euros, 2,50 euros e preços variados. Parece com os tradicionais 1,99 do Brasil, mas um pouco mais diversificado. Encontra-se desde papelaria à formas de bolo, esponjas e rolos de paninhos para a pia por muito pouco.
Para chegar lá: No Domsheide (city Center) peque o trem 2, sentido Gröpelingen e desça na estação Waldau Theater. O trem passa na frente do shopping antes de chegar à estação. Ou saindo da Bahnhof, pegue o trem 10 e desça me mesma estação.

Zimmermann – Loja de departamentos meio bagunçada, mas barata. Desde roupas à comida, estilo Americanas (depois de um furacão). Também fica no Walle Center (ver endereço do Mc Geiz)

1,99 – Esqueci o nome da loja, mas tem uma grande que fica junto com o mercado Real em Sebaldsbrück. Tipo McGeiz tb.
Para chegar lá: na Banhof, pegue o trem 10 e vá até a Banhof Sebaldsbrück. Lá, pegue o ônibus 21 sentido Universität e desça na parada Rennplatz. Se estiver na Uni, é só pegar o 21 sentido Sebaldsbrück. O ônibus 25 também passa por lá.

KIK –
Também tem várias na cidade – e na Alemanha. Além de roupas (ver abaixo), tem várias coisas de casa baratas. No fim da loja, há sempre um cesto de pechinchas por 50 ou 10 centavos até. Tem muita porcaria quebrada, mas às vezes, tem coisas interessantes.
Para chegar lá: Tem uma nos fundos da Hauptbahnhof. Saia em direção ao centro de eventos e, à esquerda, tem um pequeno centro comercial. Fica no fim da galeria. Tem outra junto com o tal do 1,99 mencionado acima.

Pessoal:

Roupas baratas


PRIMARK – É uma rede de lojas inglesa que instalou a primeira loja na Alemanha, felizmente, em Bremen. Fica no shopping Waterfront. Você vai encontrar jaquetas quentinhas a partir de 10 euros e camisetas a partir de 2. O design das roupas é bacana.
Para chegar lá: No Domsheide (city Center) peque o trem 3, sentido Gröpelingen e desça na estação Use Akschen.

KIK – Várias na cidade, como falei. Vende roupas BEMMM baratas. Jaquetas de inverno a partir de 6, 7 euros. Não espere muita qualidade, mas suportam bem o frio daqui. Não há nada mais barato que a Kik.

Outras opções – Não deixe de verificar a H&M, C&A e até a Zara: especialmente no final da estação, tem descontos de até 70%. Lojas de Second Hand são muitas pela cidade e as vezes se acha coisas boas e baratas, mas normalmente ficam mais caras que a Kik e Primark (embora usados, os produtos tem, aparentemente, mais qualidade)

Beleza:

Rossmann – Para comprar sabonete, shampoo, tinta de cabelo, creme hidratante e tudo o mais. Tem um em cada esquina. O que abre por mais tempo (inclusive aos domingos!!!) fica dentro da Hauptbhnhof.

Depilação – fica a dica perdida por aqui. Gilete ou Veet são as saídas. Se quiser refil de cera pra aparelho de depilação ou aquelas folhinhas tipo TNT, peça do Brasil.


Comida:

ALDI e LIDL – São os dois mercados mais baratos. Bons pra comprar as coisas mais “genéricas”.

REWE – Procure a marca Ja. As embalagens são feias, mas o conteúdo tem excelente qualidade. Nunca comprei nada ruim da Ja.

Ásia Market – Tem vários em Bremen e neles é possível encontrar uma série de produtos bem brasileiros, especialmente vindos da Indosésia e Tailândia. Tem farinha de mandioca (kasava mehl), polvilho pra pão de queijo (tapioca mehl), leite condensado (gezukert kondensedmilk), massinha que dá pra fazer pastel, feijão.

Feijão – pra quem não vive sem, duas dicas. Uma é comprar o Kidney Bohne em lata e acrescentar bacon, lingüiça e louro. Fica gostoso. Pra quem prefere fazer da forma tradicional, compre o feijão preto no Ásia Market (é um pouco menor que o brasileiro, mas fica bem gostoso). Já testei várias salsichas e afins e, até agora, a melhor combinação é uma chamada Mettenden e o Bacon bem carnudo e quase sem gordura que vendem em pedaços em qualquer mercado. Como as duas coisas são defumadas, fica aquele saborzinho de feijoada brasileira.

domingo, 7 de março de 2010

Achados e perdidos


De ontem pra hoje, eu perdi meu celular. Eu perdi minha toca. Eu perdi uma luva: uma só. Eu perdi um cartão de memória SD: mas esse eu achei passeando por baixo da cama. O celular eu já achei também. Eu não: uma vizinha simpática, na verdade, que atendeu minha ligação matinal tentando achar o bichinho por entre as pilhas de casacos que eu ameacei colocar de volta no armário, mas que tiveram que esperar do lado de fora por conta desse inverno persistente.

De todas as perdas, teve uma que doeu mais. Literalmente. Neste sábado, fui para o Weserstadion ver Werder Bremen x Stuttgart (a trabalho, pra quem caiu aqui por acidente e não sabe que trabalho com assessoria de imprensa pra jogadores de futebol). Apesar do dia lindo, sol raro dourando o Weser e além, fez frio, menos poucos, mas ainda assim, menos que o ideal pra ficar dois tempos de 45 minutos sentada e tentando digitar alguma coisa em um computadorzinho de dez polegadas, de luvas (que então, eram duas).

O Werder perdeu. Não o jogo – esse ficou empatado. Mas perdeu a vergonha na cara durante o jogo. Nunca vi – e olha que minha pilha de credenciais é bem grandinha – o Werder jogar um primeiro tempo tão ruim. Fechou os 45 minutos perdendo por 2 a 0... e eu, perdendo a minha toca.

No segundo tempo, enquanto as minhas orelhas gelavam a ponto de não as sentir mais, o jogo esquentava e o sol esfriava. O Werder empatou, eu fiz o que tinha pra fazer, e fui comprar um chocolate-recompensa pra tal da vizinha que achou o celular. No caminho, depois de perder tantas coisas, achei uma que tinha sumido no meio do segundo tempo. Pela beira do rio Weser, o sol já tava indo. Acho que foi antes e nem viu o empate, mas ainda assim, me abanou na saída. Tive que retribuir com os dedos gelados porque perdi a minha luva. Só não perdi a chance de fazer uma ou duas fotos do fujão.

Pra quem é fã, ai vai o Hino do Werder, cantado antes do “jogo das perdas”:



Ps.: A título de curiosidade, existe um serviço de achados e perdidos no site da empresa de transporte coletivo aqui de Bremen (www.bsag.de). Para facilitar a vida dos ‘perdedores’, criaram um sistema de categorização de tudo o que foi encontrado. Basta selecionar o local, a área de abrangência aproximada, data e ver o que encontraram... Curiosamente, “dinheiro” é uma das escolhas possíveis. Se ta lá, alguém achou e quer devolver...

sexta-feira, 5 de março de 2010

E tudo ficou branco, mais uma vez...



Eu sei que falo muito sobre o tempo. E também que falo muito em primeira pessoa. Mas como ninguém está cortando árvores para imprimir meus devaneios, a infinita sequência de “zero-e-uns” me conforta. Eu já expliquei porque gosto de previsão do tempo, então, vou só escrever, falar sobre isso e deu. Aliás, falar sobre o tempo e em primeira pessoa é uma negação interessante à teoria de um amigo que ouvi faz uns anos. Ele dizia que as pessoas falam sobre o tempo porque querem manter a superficialidade de não falar sobre elas mesmas...

Bom, o fato é que está nevando agora. Nesse minuto. Muito. O outro fato é que eu saí de casa hoje, no final da manhã, de óculos de sol e uma única camada de casaco. O terceiro fato é que os patos, que migram pra cá na primavera, já chegaram e os qua-qua-quás talvez comecem a sair roucos. Chegaaaaaaaaaaaaaaa... A o frio já perdeu a graça: já fiz guerra de neve, já caí, já tirei todas as fotos que podia. Neve já é piada velha: ninguém mais ri disso.

A única coisa engraçada nisso tudo é que lembrei de um texto bem antiguinho que rolava pela internet na época em que as pessoas mandavam menos lixo umas para as outras e ainda se aproveitava alguma coisa. Nesse texto ai, o nome do autor ficou perdido no meio da sequência infinda de Fw:fw:fW:fw:FW... Mas se alguém souber o nome do cidadão que descreveu tão bem o como me senti hoje quando começou a nevar de novo, por favor, me avisa porque ele merece todo o crédito do mundo. Ah... e se leu esse post até aqui, leia o textinho abaixo até o final... Ele mora (morava!?!?!?) na Pennsylvania, mas se fosse em Bremen, não mudaria nada...


Diário de um brasileiro no exterior


12 de Agosto

Ah! Hoje me mudei para minha nova casa no estado da Pennsylvania. Que paz! Tudo aqui é tão bonito. As montanhas são tão majestosas. Quase que não posso esperar para vê-las cobertas de neve. Que bom ter deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a poluição, a violência e aqueles brasileiros mal-educados de São Paulo! Isso sim que é vida!!

14 de Outubro

Pennsylvania é o lugar mais bonito que já vi em minha vida! As folhas passaram por todos os tons de cor entre vermelho e o laranja. Que bom ter as 4 estações! Saímos para passear no bosque e, pela primeira vez, vi um cervo... são tão ágeis, tão elegantes, é um dos animais mais vistosos que jamais vi. Isto deve ser o paraíso! Espero que neve logo... isso sim que é vida!!

11 de Novembro

Logo começara a temporada de caça aos servos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Já chegou o inverno. Espero que neve logo! Isso sim que é vida!!

2 de Dezembro

Ontem à noite nevou! Despertei e encontrei tudo coberto por uma linda camada branca. Parece um cartão postal... uma foto!!Sai para tirar a neve dos degraus e passar a pá na entrada. Rolei nela e logo tive uma batalha de bola de neves com meus vizinhos (eu ganhei!!!) e, quando a niveladora de neve passou, tive que voltar a passar a pá. Que bonita a neve! Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados. Que lugar bonito é esse...
Pennsylvania, isso sim que é vida!!

12 de Dezembro

Ontem a noite nevou outra vez. Não pude limpar a entrada por completo, porque antes que acabasse, já havia passado a niveladora... assim hoje, não pude ir trabalhar. Estou cansado de passar a pá nessa neve.
Droga de niveladora! Mas... que vida!

22 de Dezembro

Ontem a noite voltou a cair neve, ou melhor dito.... merda branca! Tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia desde a esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá para passar... Vá a puta que pariu!


25 de Dezembro


Feliz Natal! ....branco.... mas branco de verdade, sim, porque está cheio dessa merda branca. Viado! Se eu pego o filho da puta que dirige esta niveladora, juro que mato. Não entendo porque não usam mais sal nas ruas para que se derreta mais rápido este gelo de merda...

28 de Dezembro

O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram 10 polegadas de neve... caíram 34 polegadas a mais dessa merda! Vai tomar no cú! Seguindo assim, a neve não vai se derreter nem no verão. Agora resulta que a niveladora quebrou perto daqui, e o filho da puta do motorista veio me pedir a pá... que descarado! Disse-lhe que já tinha quebrado 6 pás limpando a merda que ele me havia deixado diariamente. Assim... quebrei a pá na cabeça daquele lazarento. Que bosta! Que saco, caraaalho!!

4 de Janeiro

Ao fim, hoje pude sair de casa. Fui buscar comida e um cervo de merda se meteu diante do carro e o atropelei. Caralho!! O conserto do carro vai me sair uns 3 mil dólares. Estes animais de merda deveriam ser envenenados. Oxalá os caçadores tivessem acabado com eles no ano passado. A temporada de caça deveria durar o ano inteiro.

15 de Março

Escorreguei no gelo que ainda há nesta puta cidade e quebrei uma perna. Ontem a noite sonhei estar sob uma palmeira.


3 de Maio


Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele disse que o assoalho estava todo enferrujado por baixo, por culpa do sal de merda que jogaram nas ruas! Será que esses cornos não tem outra maneira de derreter essa bosta de gelo?

10 de Maio

Mudei-me outra vez para São Paulo!!! Isto sim que é vida! Que delícia!!! Calor, umidade, tráfego, violência, poluição e falta de educação! A verdade é que qualquer um que imagine morar nessa Pennsylvania de merda, tão solitária e fria, é um retardado... ou deve estar louco!! Isto sim que é vida!”

terça-feira, 2 de março de 2010

Abril chegou mais cedo... ao menos o “Aprils Wetter”


Existe uma expressão que aprendi aqui em Bremen que é “Aprils Wetter”, ou seja algo como “clima de abril”. Ela é na verdade um xingamento bem mal humorado que se escuta pela cidade no dito período do ano. Ou antes, penso, como no dia de hoje.

Já explico melhor: a primavera na Alemanha é linda. Linda demais. Não sei se ela se torna mais linda porque chega depois de meses de inverno glacial e escuridão ou se ela é realmente diferente do Brasil. Moro perto do Jardim Botânico da cidade e, já na entrada do parque, dá para sentir o cheiro das milhares de flores que desabrocham nas mesmas semanas do ano... Ai... memórias para a vida toda.

Mas o caso é que com a primavera vem junto um tempo louco. Aquela coisa de quatro estações no mesmo dia. Sol, calor, frio, vento, chuva e tudo o mais que tem direito: em menos de cinco minutos. Já saí de casa com um sol lindo e cheguei ao ponto de ônibus (que fica a 7 minutos andando) completamente encharcada. Também é a época das sombrinhas nas lixeiras: dá até pra fazer um ensaio fotográfico de tannnnntas que aparecem quebradas pelas lixeiras (praticamente todas) da cidade.

Aprils Wetter é assim... tudo ao mesmo tempo agora. Hoje amanheceu com um sol lindo e quente (+6, pra essa época do ano, um “verãozinho”). O dia foi fechando e, perto das 13h, já estava cinza e escuro. Ficou preto, parecendo tempestade, mas então o sol voltou por entre as nuvens. Então, choveu granizo: muitas pedrinhas, muito rápido (o vídeo mostra essa chuvinha maluca) e pareciam pipocas pulando na grama. Em seguida, NEVOU! Isso mesmo, nevou por uns cinco minutos e, agora, enquanto escrevo, ta um dia lindo lá fora... ensolarado, com passarinhos cantando.

Espero que a conexão seja rápida o bastante para fazer upload do vídeo e deste texto antes que o tempo mude novamente...

Massa de pastel "made in Korea"


Desde que vim morar aqui na Alemanha, eu vivo fuçando nas lojas asiáticas - cheias de coisas parecidas com as nossas - e o último achado foi uma massa que fica PERFEITA pra fazer pastel :) Bom... as massas são pequenininhas, então fica tipo pastelzinho de aniversário... mas uma delícia. Se chama Dumplingteig. Pra quem conhece comida japa, eh a massinha de fazer Guioza. Ela fica no balcão de congelados das lojas asiátias. Vem cerca de 30 unidades em cada pacote e custa 1 euro.

Bom, a dica é... deixe descongelar naturalmente e faça o recheio de sua preferencia. Eu fiz de queijo com orégano mesmo, pq tava ansiosa pra ver se a coisa funcionava. Ela não vem separada com plásticos como a massa brasileira e é mais sequinha. Bom, ai que está o segredinho...

Antes do recheio, passe o dedo bem molhado de água pelas bordas da massa. Não só metade, como às vezes se faz no Brasil, mas em todo o contorno dela. Então, coloque o recheio no centro, normalmente, dobre e feche com um garfo. Se não estiver aderindo, umedeça um pouco mais e pressione bem com o garfo nas bordas. Prontinho :) É mais "durinha" de fechar, mas depois é só fritar em óleo quente e ver as bolinhas crescendo e o pastelzinho dourando, lindo e saboroso!!!
de volta à nave mãe - desde 2008 © Ivana Ebel