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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Turismo em Berlim: dicas para se hospedar barato na capital da Alemanha

 

Estou empacotando a vida mais uma vez: vou voltar a viver em Berlim, cidade pela qual eu morro de amores, mesmo com o desgaste que isso traz. E explico o porquê. Quem vive em Berlim sabe bem o que é ter sua casa transformada em um hotel. Na primeira vez que vivi na cidade, organizamos um calendário para dar conta de acomodar as visitas: em vários dias, saia uma pessoa de manhã, chegavam duas a tarde.

Não me entenda mal: eu adoro receber visitas, mesmo. Mas gosto de receber as visitas com tudo o que elas têm direito: cozinho pra elas, deixo toalhas cheirosas, lençóis limpos e quero ter tempo de passear com elas pela cidade, de conversar. Mas eu tenho uma vida também. Eu trabalho de casa e não ter um horário a cumprir não significa que eu não tenha muito o que fazer. Não posso abrir mão do calendário todos os dias para receber alguém.

Sei que muito mais gente passa por isso e dá de cara com aqueles que não entendem porque eu não tenho uma reação de felicidade extrema quando fico sabendo que o amigo do meu amigo (que provavelmente é um cara gente boa pacas!) está vindo pra cidade. Ou porque prontamente não ofereço hospedagem para aquele colega do segundo grau (sim, na minha época era segundo grau!) que nunca falou comigo nas últimas décadas.

Pois bem. Terminado o muro de lamentações, eu quero deixar duas coisas bem claras: primeiro, se você é meu amigo de verdade eu vou fazer questão de te receber e pode vir sem ter vergonha, porque se fiz o convite, foi sincero. Se você é meu amigo de verdade e eu não te convidei para ficar na minha casa, pode ter certeza que fiz isso com o coração partido, mas não pude receber você naquele momento. Se você é meu amigo de verdade, vai entender que não posso hospedar aquele SEU amigo de verdade, sua prima, o vizinho da sua mãe. E por isso fiz uma listinha de opções de hospedagem que cabem no bolso de todo mundo que decidiu incluir Berlim no seu roteiro de Europa mágica.

Sites para reservar hotéis: eu costumo usar o Booking. Para quem quiser tentar outras alternativas, tem um post bem interessante aqui, com sites pra economizar na reserva.

Hotéis baratos: Em Berlim tem um Easy Hotel. É a versão hoteleira low cost, e não por acaso é da mesma rede da aérea Easy Jet. Funciona bem para casal: um quarto minúsculo, mas muito limpo. Um micro banheiro com chuveiro (tudo de vidro, sem muita privacidade) dentro do quarto, mas com preço de hostel (ou mais barato!). Ficamos lá varias vezes, quando vamos a Berlim: a gente sabe que nem sempre os amigos podem nos receber! A cadeia de hotéis Ibis Budget segue o mesmo esquema, mas com uma porta de banheiro opaca que garante um mínimo de dignidade para quem vai fazer o número dois.

Hostel: Não sou muito fã desse tipo de hospedagem. Acho que já passei da validade. Mas se o quarto for só para duas pessoas, até não me importo em dividir o banheiro se for por uma noite ou duas. O próprio site do Booking localiza hostel também. Uma rede famosa de hostel é a A&O, embora eu pessoalmente nunca tenha experimentado. Se alguém tiver uma dica melhor nesse quesito, é só comentar que adiciono aqui! 

Atualizando: Me hospedei no A&O que fica nos fundos da Estação Central de Berlim nos 25 anos da queda do Muro e, apesar do hotel/hostel estar bem cheio, o quarto que ficamos (na parte que é hotel - ou seja, com banheiro privativo e uma cama de casal) estava silencioso. As cortinas são finas e pequenas, mal cobrem a janela. Essa é minha única observação negativa. Não tomei café da manhã por lá.

Airbnb – Atualmente é o meu queridinho. O Airbnb é um site que faz o meio de campo entre quem tem uma casa, um quarto ou uma cama para alugar e quem precisa de um canto para dormir. Todas as experiências que tive até agora foram ótimas, mas para isso é preciso ler com cuidado todas as avaliações feitas pelos outros usuários. Funciona assim: você faz um cadastro, cria um perfil e começa a procurar o que precisa. Eu gosto de alugar o apartamento inteiro, o que significa ter uma cozinha para o café da manhã ou mesmo para o jantar, se quiser economizar um pouco. Mas é possível alugar só um quarto, com a família na casa ou mesmo só a cama em um quarto. Os preços variam conforme a localização, os serviços oferecidos. É um baita negócio pra ambas as partes. Mas lembre-se: não é uma reserva de hotel. Você precisa ser simpático – e aos poucos construir uma reputação pelas avaliações que recebe – para convencer o dono da casa a te receber.

Couchsurfing e Hospitality club: os dois sites funcionam da mesma forma. Você entra, fala com as pessoas, pede hospedagem e, com sorte, acha alguém que queira te receber, de graça, em casa. Como a coisa toda não envolve dinheiro, é preciso sorte e simpatia para assegurar um colchão na sala. É a forma mais barata de viajar, dá para conhecer muita gente bacana, mas em cidade turísticas pode ser mais difícil de conseguir espaço. Mas sempre vale tentar.

Para fechar, é obvio que em Berlim existem hospedagens de 20 a 2000 euros (provavelmente mais, mas eu nunca pensei muito no assunto!). Eu, particularmente, não procuro muito luxo quando saio por ai. Quero comodidade, segurança e bom preço – e usar o dinheiro economizado para viajar mais! Em todas as cidades da Europa que já visitamos – e Berlim não difere muito – uma hospedagem para casal em um lugar limpinho e bem localizado (o que pode significar ser perto de um metrô!), com banheiro privativo, sai entre 50 e 75 euros. Em Berlim eu sugiro ficar nas imediações do Centro (Mitte, Tiergarten, Moabit, etc) ou no coração da balada, em Prenzlauer Berg, por exemplo. De qualquer forma, o transporte da cidade é bastante eficiente, mesmo a noite. 

Se quiser uma dica do que fazer na cidade, escrevi um post bem completinho com um roteiro de três dias. Para quem não sabe o que comer, opções baratas e saborosas nesse post! A hashtag Berlim aqui do Blog tem vários posts interessantes pra conhecer tudinho da capital alemã. Boa procura e boa estada em Berlim!


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