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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Como fazer uma boa carta de recomendação acadêmica


Muitos cursos de mestrado no exterior exigem cartas de recomendação de professores e empregadores. Além do histórico escolar, claro, elas são decisivas na escolha do candidato e, para isso, devem destacar seus pontos fortes. Quando solicitei as primeiras indicações aos professores, o conteúdo veio superficial ou incompleto. Então, mais uma vez, salva pelo Google e por exemplos de cartas espalhadas pela rede.

Encontrei um roteiro, mas não lembro onde e nem achei novamente pra citar a fonte (se alguém souber, providencio o crédito inicial). Com base nele, encaixei as informações solicitadas pelas universidades da Europa e divido o resultado para facilitar a vida de quem está planejando fazer mestrado no exterior. A primeira frase, já em inglês, é o destinatário padrão (o nosso “a quem possa interessar”).


To whom it may concern

O propósito desta carta é recomendar Fulano de tal como candidato (a) ao curso de mestrado Tal tal tal.

* Descrever de forma clara o perfil e o potencial do candidato. Cada adjetivo usado como habilidade do candidato deve ser justificado
Exemplo: Interesse pela pesquisa científica, apresentando conteúdos apurados em seus trabalhos acadêmicos no decorrer de todo o curso.

* Desde quando e em que circunstâncias conheceu o candidato.

Comparando a candidata a outros alunos e profissionais com quem tive contato nos últimos anos, quanto suas aptidão para estudos e pesquisas acadêmicas, (porque a candidata deve ser escolhida em detrimento de outros aplicantes).

Destaco ainda que o(a) candidato(a) apresenta

Exemplos:
Elevada capacidade intelectual
Alta motivação para estudos avançados
Capacidade de concentração aguçada para trabalhos individuais, ao mesmo tempo em que revela grande iniciativa, desempenho e liderança em atividades de equipe.
Tem facilidade de expressão escrita e oral
Em seu histórico acadêmico, sempre mostrou-se assídua e perseverante
Respeitosa e cativante nos relacionamentos com colegas e superiores


(Assinatura)
NOME COMPLETO
Titulação acadêmica /Cargo
Instituição
ENDEREÇO
TELEFONES: ramais de acesso rápido (+ 55 XX ????????)
E-MAIL para contato

PARA:
NOME DA INSTITUIÇÃO
FACULDADE / CENTRO DE CURSO
CURSO
COORDENADOR DE CURSO


Dica de viagem: Muitos professores podem encontrar dificuldades em elaborar a carta de recomendação em inglês. Ofereça ajuda sem medo de parecer impertinente: os meus, sempre aceitaram. Mande para eles o roteiro, de forma educada, como sugestão para facilitar a vida e peça que enviem a carta para você em português. Traduza a carta de forma fidedigna, mas não tenha medo de adaptar expressões idiomáticas e de buscar sinônimos técnicos mais adequados. Então, envie novamente o material para que seu professor revise e encaminhe via e-mail ao curso que solicita ou imprima, assine e carimbe para enviar para você. Para evitar atrasos, você pode pedir que eles digitalizem a carta depois de assinada e carimbada: dá tempo para mandar na application digital enquanto o correio faz a entrega do original (recurso que foi útil na greve dos Correios!).

Herzliche Grüβe

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Como se coloca a vida em duas malas?

Estou em contagem regressiva. Meu namorado foi na frente: de certa forma sou mulherzinha e adorei a idéia de chegar lá e ele estar me esperando. Então, a última semana foi dedicada aos preparativos da viagem dele e, agora, sozinha aqui, tento colocar a vida em duas malas. Desapego tem sido a palavra de ordem... Mesmo assim é difícil se desfazer mesmo dos pequenos badulaques. Tenho infinitos penduricalhos pela casa, quadrinhos de todo o tipo, porta-retratos, murais de fotos e sapatos... Ai, os sapatos...

Tenho mais dicas, sugestões e sites sobre como prepara os documentos para aplicar em uma universidade de fora... mas por enquanto, a maior dificuldade mesmo é colocar a vida toda em duas malas...

Enquanto não resolvo essa questão de física (dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço), faço uma pausa nos preparativos para agradecer o carinho dos amigos (blogueiros)... A Luciane Bemfica, o Fabio Jacques, a Aline e o Evandro Baron que dedicaram links e posts sobre essa aventura :)


Dica de viagem: Viajo de Floripa com a TAM... a empresa é parceira da TAP, Air France, Lufthansa, entre outras. Então, na hora do check in, fica a dica: peça para que suas malas sejam entregues apenas no destino final. Essa não é uma opção “padrão”. Normalmente, as bagagens são colocadas na esteira na primeira conexão do país de destino... mas se a viagem foi comprada “ponto-a-ponto” você pode solicitar essa facilidade sem nenhum custo a mais. Para viagens internacionais, são permitidas duas malas de 32 quilos. Qualquer volume extra – entre 1 kg e 32 kg – tem o mesmo custo: US$ 120,00.

Herzliche Grüβe

Escolha do curso (II)

Ainda sobre a escolha do curso, vão algumas dicas da Holanda Nos países baixos, o melhor caminho é o site do Nuffic, que oferece bolsas integrais, incluindo até mesmo o custeio da passagem. Para pleitear esse custeio, é preciso, inicialmente ser aprovado em uma universidade. No site do Nuffic está disponível a .lista de cursos que podem ser agraciados com a bolsa. São duas rodadas seletivas, uma com deadline em outubro e outra em fevereiro. Então, um breve passo-a-passo:

Procure a listas de cursos no site do Nuffic e, com os links, verifique as informações específicas direto no site da universidade escolhida. Mais uma vez, mande e-mails com as dúvidas. Na Holanda, boa parte das universidades não tem uma data de inscrição específica e aceita o envio dos formulários o ano todo. Você manda o application e espera uma resposta para, então, dar continuidade ao processo de pedido de bolsa. Fique atento para não perder o prazo de apresentação dos documentos: as datas limites valem para que a papelada esteja na embaixada da Holanda em Brasília. Dessa forma, é importante aplicar com bastante antecedência.

Depois de aceito no mestrado – não há limite para quantos você quer se inscrever, já que a inscrição é direta com cada universidade, mas é preciso escolher apenas um para submeter à bolsa – preencha a papelada específica da bolsa. Vale dizer que o empregador precisa assinar a papelada, concordando com a dispensa do funcionário durante o período do curso.


Dica de viagem: Na Holanda, fui aprovada na The Hague University: ou seja... a Universidade de Haia. Ainda não saiu a resposta da bolsa do Nuffic... então, fico no aguardo. É lá que fica o Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacional de Justiça, principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas. Uma cidade linda...

Herzliche Grüβe

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Segundo passo: escolha do curso (Alemanha I)

A palavra-chave para estudar no exterior é “international master”. Dessa forma são identificados os cursos em inglês oferecidos pelas universidades européias. Então, Google it! A gama de respostas vai ser imensa: vale associar alguma palavra que defina a área para restringir os resultados e, então, começa o garimpo. Como já foi dito, a Alemanha, Suécia, Dinamarca e Finlândia são alguns dos países em que não há mensalidade. Iniciar a busca por universidades dessas regiões aumenta a chance de êxito: mas não esqueça de verificar no site de cada uma o link sobre “ Fees”.

A senha pra ir adiante é: “no tution fees”. Fique atento aos prazos de inscrição: a maioria corresponde à data que o material deve estar na faculdade e não o carimbo do correio. No geral, os deadlines são entre janeiro e março para quem começa a estudar em outubro, mas as determinações variam em cada curso, mesmo dentro de uma mesma faculdade. Bom... esse post fica mais focado na Alemanha, mas logo divido as experiências com outros países também (já que consegui vagas na Suécia e Holanda).

Na Alemanha, um bom ponto de partida é o site do DAAD, o serviço acadêmico de intercâmbios. É possível fazer uma busca direta por região ou área (Clique aqui para ir direto para a pesquisa): os resultados são bem amplos, mas não representam a totalidade. Caso se interesse por alguma universidade em especial, pesquise diretamente o site da instituição: é possível que encontre outros cursos não atualizados no DAAD. Fique atento ainda para os requisitos de idioma: embora a busca por “international master” priorize as aulas em inglês, pode haver algum requisito de alemão já na matricula. Não custa mandar um e-mail para a coordenação e perguntar: nem todas as regras são 100% rígidas e, em alguns casos, se as aulas iniciais forem apenas em inglês, é possível conseguir uma exceção e apresentar a proficiência em alemão mais tarde.

Alias, perguntar é a regra. Prepare-se para escrever muitos e muitos e-mails. E mais: lembre-se que perguntar (de forma educada e gentil) não ofende e que e-mail não custa nada! Então, assim que achar um mestrado interessante – e depois de ler TODAS as informações disponíveis no site do DAAD e da universidade -, não hesite em escrever para esclarecer qualquer dúvida ou até mesmo questionar se o seu perfil é adequado ao programa. As respostas costumam levar de dois dias a uma semana: raríssimas vezes fiquei sem um retorno.

Dica de viagem: Embora os alemães sejam famosos por suas regras, os brasileiros compensam a rigidez com sua criatividade e simpatia. Por isso, se não cumprir 100% dos requisitos do mestrado, vale perguntar se pode aplicar da mesma maneira. Você pode se surpreender com as respostas! Dois exemplos: ainda não tinha feito o Toefl e estava com o teste agendado para depois do prazo final de inscrição. Perguntei se poderia me inscrever e enviar o resultado posteriormente. A resposta foi sim. Outro caso: um candidato não obteve a pontuação necessária no Toefl (faltou muito pouco) e perguntou se aceitavam ele mesmo sem cumprir tal requisito: também foi aprovado.


Herzliche Grüβe

De volta à nave-mãe

O nome desse blog é uma brincadeira… Sou de Blumenau, cidade catarinense fundada por imigrantes alemães em 1850. E entre os atuais 300 mil habitantes, sou mais uma descendente que ainda carrega a influência genética daqueles que cruzaram o oceano em busca de uma vida melhor e construíram uma cidade próspera.


Bom... em Blumenau, a Alemanha tornou-se, como passar dos anos, uma referência quase encantada: ainda se fala alemão nas casas e tudo o que vem da Alemanha é considerado melhor. Então, voltar à nave mãe é fazer o caminho inverso daqueles primeiros 17 imigrantes liderados por Hermann Bruno Otto Blumenau.


As primeiras postagens vão ser com pressa: sinônimo de quem não fez o que deveria ter feito no tempo certo. Mas são uma tentativa de “ensinar o caminho das pedras” pra quem também almeja um lugarzinho ao sol – ou na neve!! :P – do outro lado do oceano.


Dica de viagem:
Na foto que ilustra este post de estréia, o "castelinho" no centro de Blumenau, SC. Trata-se de um dos prédios mais fotografados da cidade. Foi construído pela família Schadrack na década de 70 para abrigar uma loja de departamentos (a Moellmann). O prédio é inspirado (quase uma réplica) na prefeitura da cidade alemã de
Michelstadt, uma hora ao sul de Frankfurt am Main)e atualmente, foi todo restaurado e abriga a loja de departamentos Havan.


Herzliche Grüβe!

Primeiro passo - Inglês

A Europa oferece (ainda) uma série de cursos de mestrado gratuitos e passar no processo seletivo não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Com o processo de integração dos países, os inglês tem se tornado a língua oficial das salas de aula. Alemanha, Suécia, Holanda, Dinamarca, Finlândia são alguns exemplos de países que internacionalizaram seus cursos.


Por isso, se falar alemão, excelente (ou sueco, ou holandês, etc): mas de nada adianta querer cruzar o oceano sem estar com o inglês na ponta da língua. Para isso, duas dicas: uma escola sempre ajuda (além de algumas particulares, estudei no SESC por um ano – é muito bom e barato!), mas a dedicação pessoal é que faz a diferença: assista filmes em inglês, com legendas em inglês. Ouça música em inglês e busque a letra delas até entender e saber cantar...


Para provar que aprendeu, as universidades exigem o teste Toefl: atualmente, o mais comum é o IBT (Internet Based Test), que vai de 0 a 120 pontos. As universidades exigem entre 79 e 95 pontos para mestrado. Para fazer a prova, registre-se no site oficial da ETS: custa US$ 175,00. Se souber a universidade que deseja aplicar, já pode solicitar o envio de quatro boletins com os resultados. Se não, pode fazer isso depois pagando US$ 17,00 por cópia. Algumas universidades aceitam cópia do seu próprio boletim, como veremos depois.


O teste não é complicado: fazer o simulado no site ajuda bastante (mas só está disponível depois de pagar a taxa!). A prova têm quatro partes: A primeira (Reading) você lê textos (4 ou 5) de conteúdo acadêmico (tem entre 15 e 40 linhas cada) e responde a questões de múltipla escolha (interpretação de texto e gramática estão associadas. Não há gramática pura na prova). Nesta primeira etapa a dica é: faça o mais rápido possível! Do contrário, não haverá tempo o suficiente para chegar ao final da prova (poucas pessoas conseguem) e entre as últimas questões estão algumas que valem mais pontos (também não adianta pular)!


Na seqüência você também responderá questões de assinalar, porém a partir de pequenos vídeos que assiste ou áudios: é o Listening. Na terceira parte (writing), textos e vídeos são a base para que desenvolva pequenos textos e redações, estabelecendo associações entre os conteúdos. Por fim ainda vai mostrar que sabe falar (Speaking) e, a partir de uma pergunta ou uma situação apresentada, deverá gravar suas respostas falando o que pensa ou o que entendeu do assunto proposto.



Dica de viagem:
Se estiver em Santa Catarina, NÃO faça o teste em Balneário Camboriú: o instituto que oferece a prova tem um espaço minúsculo e na etapa de Speaking é quase impossível se concentrar com alguém falando na sua frente. Conversei com outras pessoas que fizeram a prova e a conclusão é que, para os catarinenses, ainda vale ir para Curitiba.

Herzliche Grüβe!

Quem sou eu

Brasileira que vive na Alemanha. Jornalista, mestre em Mídia Digital. Ex moradora de Bremen e Berlin. Temporariamente moradora de Bonn e de Weimar, ao mesmo tempo. Futura moradora sabe lá mais onde. Meio nômade, como deu pra ver. Casada e feliz. Curiosa, chata, detalhista e afeita às críticas por puro achismo. Nem hipster, nem pop.
de volta à nave mãe - desde 2008 © Ivana Ebel