de volta à nave mãe: home
Home Home by Ivana Ebel Facebook Twitter E-Mail

menu

Estudar fora Sobre a Alemanha Viagens & turismo
Nonsense Receitas Jornalismo

sábado, 1 de novembro de 2008

Cursos de mestrado na Europa reunidos em um único site

Há poucos dias foi lançado um site muito bacana para quem está procurando cursos de mestrado na Europa: o Study in Europe. Ele agrega de forma competente muitas universidades e economiza tempo na hora da procura. Mas como as outras dicas que dei, é um ponto de partida para encontrar o que se quer entre tanta oferta.


Dica de viagem: Por mais completos que sejam os sites de referência, nada substitui a visita atenciosa à página da própria universidade. E, caso as informações sejam contraditórias, é bem provável que a universidade esteja correta e, no meio de tantos cursos, os alimentadores de conteúdo dos agregadores tenham feito confusão.


Herzliche Grüβe

Prepare seu Curriculum Vitae para convencer os selecionadores

Por último, mas nem por isso menos importante na hora de conseguir um mestrado no exterior, está a elaboração do currículo. Tenha em mente: o objetivo é acadêmico, então seu sucesso como estudante precisa ser destacado. Na Europa, onde os jovens começam a trabalhar mais tarde, em sua maioria, a experiência profissional comum aos brasileiros também rende bons pontos. Seja claro, direto e diga o que sabe fazer: não adianta esperar por adivinhação ou deixar nas entrelinhas que fez o curso a ou b e que por isso está apto a ser chamada para isso ou aquilo. Escreva com todas as letras e não esqueça de adicionar uma foto!

No velho mundo, é uma tradição e tem até fotógrafos especializados em imagens para currículos. Mas dá para conseguir uma boa opção ai no Brasil. Peça uma foto 5x7, com fundo neutro (azul, cinza, branco...) em uma postura sorridente e jovial. Pode ser meio de lado, mas olhando a câmera.

Para colocar tudo isso dentro do padrão usado na Europa, use o site Europass. No final, depois de gerado o documento em doc, é possível tirar a propaganda deles. Mas atenção: escolha a opção em Inglês, já que o site também dispõem do material em português.


Dica de viagem: como você não terá a chance de explicar o que fez para quem vai selecionar os candidatos de mestrado, o currículo precisa falar por si só. Então, não faça simplesmente uma tradução literal do seu currículo brasileiro: na maioria das profissões, os termos técnicos para descrever as funções diferem muito. Peça ajuda a algum amigo nativo em inglês ou no idioma requerido. Mas se não dispuser dessa mãozinha, pesquise na internet as vagas de emprego na sua área e terá uma boa noção de como são descritas as habilidades em seu campo de atuação!



Herzliche Grüβe

domingo, 12 de outubro de 2008

Bolsas para mestrados em Portugal e na Espanha

Surgiu uma pergunta no Orkut na comunidade sobre Bolsas de Estudo no Exterior. Respondi por lá, mas transformei o conteúdo em um pequeno post para que mais gente possa ter acesso à informação. Bom, em primeiro lugar confesso que não pesquisei profundamente sobre mestrados na terrinha – nada contra Rafa! (minha irmã mora em Lisboa). Mas o que encontrei, não foi muito animador... ao menos na área de comunicação e artes, onde mantive o foco...

Por lá, existe o Instituto Camões, do governo português, que oferece bolsas... A Fundação Kalouste Gulbenkian também tem algumas opções para estudantes internacionais. No geral, é preciso inicialmente ser aprovado pela universidade para o mestrado e depois pedir a bolsa. Algumas que pesquisei cobra uma taxa de inscrição para olharem seus documentos.

Depois desta etapa é que se pode pedir a bolsa (existem exceções, fique atento!), mas nem todas cobrem integralmente o valor das mensalidades. Na Espanha é parecido e o processo mais popular é da Fundação Carolina. Os mestrados em Portugal e Espanha são 95% pagos... e bem pagos, especialmente para quem vive em real. Para cidadãos europeus, a coisa muda de figura Então, caso você tenha cidadania portuguesa ou qualquer outra européia vai encontrar muitos cursos gratuitos e terá sua vida facilitada na península ibérica.

No entanto, embora leia-se muito sobre parcerias educacionais entre Brasil e Portugal, acordos de cooperação, isso e aquilo, não há qualquer facilidade na hora de conquistar uma vaga pelo fato de ter passaporte brasileiro. Ao contrário, por causa do idioma, a concorrência com outros brasileiros é infinitamente maior. Reconhecimento de diploma para exercício da profissão, então, é um capítulo burocrático, logo e pedregoso à parte...

Bom, de qualquer forma, não adianta escolher Portugal ou Espanha apenas por não não dominar inglês. A internacionalização tem levado a Europa a mesclar idiomas e algumas matérias podem ser dadas por professores convidados em inglês. Mesmo que isso não ocorra, as faculdades pedem proficiência em Inglês como pré-requisito. Até mesmo no Brasil, para qualquer mestrado, é preciso saber um segundo idioma! Então, fica a dica, para quem já tem o Toefl, é muito mais fácil encontrar mestrados gratuitos em outros países do que em Portugal e Espanha. De qualquer forma, boa sorte aos navegantes!


Dica de viagem: Os acordos educacionais entre Brasil e Portugal são lindos... na teoria e, na maioria, permanecem nas gavetas assinamos, mas sem regulamentação para que possam ser efetivamente aplicados. Na prática, o que funciona melhor são as parcerias diretas entre universidades. Você buscar cursos de mestrado que tenham parcerias com universidades européias... Lisboa, Porto e Salamanca, na Espanha, estão entre os destinos mais comuns. É provável que você possa fazer um semestre ou um ano do mestrado fora por conta destes acordos internacionais e, dessa forma – mesmo em universidades particulares brasileiras – ficar isento da mensalidade.



Herzliche Grüβe

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Como preparar a Carta de Motivação

O caminho para estudar fora do país é duro, longo, mas se encarado passo-a-passo se torna menos assustador. Vamos por partes então: primeiro, estudar inglês e fazer o Toefl; segundo, escolher o curso; depois, conseguir as cartas de recomendação dos professores e, agora, preparar a famosa “carta de motivação”. Bom... essa requer especial atenção, já que poucas vezes você será chamado para uma entrevista pessoal. A carta é sua única chance de “falar” com o comitê de seleção e dizer quem você é e o que procura.

Cada curso apresenta uma espécie de “roteirinho” do que desejam: uns pedem um resumo do que você planeja estudar. Outros, pedem que você conte a experiência que tem nas áreas relacionadas. Independente disso, algumas dicas valem para todas as cartas:

- Mostre-se motivado com a proposta de estudo. Não repita a descrição do que você vai estudar: mas diga, de forma clara, o quanto cada tópico é relevante para sua carreira.

- Demonstre comprometimento: deixe claro que você quer, acima de tudo, estudar e que vai enfrentar qualquer desafio para dar o melhor de si.

- Fale de sua experiência como forma de agregar valor ao curso, mas deixe claro onde estão as lacunas (os gaps) de sua formação que serão preenchidos com o mestrado que pretende. Se souber tudo e for bom em tudo, não teria porque ir tão longe estudar, certo?

- Aponte experiências anteriores bem-sucedidas de forma sucinta. Não enrole, não coloque adjetivos demais. Adjetivos costumam ser bengalas para quem não tem conteúdo.

- Deixe claro que você está indo para estudar. Claro que o comitê de seleção sabe que uma experiência internacional agrega muito mais do que um mestrado em seu país natal. Por isso, só vale citar o quanto você quer ir para o tal país se isso tiver relação direta com seu foco de pesquisa: do contrário, vai parecer que você está mais preocupado em selecionar um destino turístico relacionado aos interesses pessoais do que ao tema a ser estudado.

- Por fim, deixe claro o motivo pelo qual você deve ser parte do programa. Não é preciso desmerecer ninguém: apenas mostre-se mais motivado, preparado, comprometido, informado e capaz do que os demais. Isso pode até parecer complicado no começo... mas depois de escrever e reescrever a carta umas dez vezes, você terá chegado a um bom termo.



Dica de viagem: Se não tiver o hábito de escrever em inglês, “pense” em português mesmo. Mas lembre-se de que não adianta fazer uma tradução literal do conteúdo. É preciso pesquisar os termos técnicos de cada área a fim de não falar uma besteira imensa. No mais, peça para algum amigo ler a carta. Peça ajuda para corrigir, afinal, na sua única chance de “falar”, você não quer cometer gafes, certo!??!?!



Herzliche Grüβe

Escolha do curso (III)

Ainda restam algumas cartas na manga na hora de escolher o curso no exterior. Fiquei devendo as informações da Suécia. Então vamos lá: eles têm um sistema de buscas para mestrados – a maioria de graça também –, inclusive com a opção de bolsas. Calma e dedicação nesse garimpo são o segredo. Vale o mesmo conselho das outras faculdades: nem todos os cursos estão na busca e na própria universidade é possível encontrar mais opções. Um destaque aqui: a Universidade de Estocolmo tem um centro de Língua Portuguesa (embora o site esteja em Sueco), que costuma ter vagas excedentes: entre em contato com a coordenação e veja que tipo de mestrado estão oferecendo. O foco é língua e literatura ibérica, mas de um semestre para o outro existem variações.

Bom, fica ainda o registro do MasterGuide.org: amplo, mas incompleto. Não deixe de verificar o site do Universia (é só fazer o cadastro para ter acesso às informações completas) e também do CNPQ. Para quem ainda está na universidade – ou já fazendo mestrado – os departamentos de relações internacionais muitas vezes oferecem um semestre ou ano no exterior. Esses processos pecam por uma melhor divulgação: mas como pouca gente fica sabendo, a concorrência também é menor.

Para quem é da área de humanas, meio ambiente e, em alguns casos, até mesmo da saúde, o Rotary oferece boas opções. Para participar é preciso ser apontado por um clube: procure algum da sua cidade, faça contato com o presidente e veja os prazos. Já vi situações em que os rotarianos não sabiam dar todas as informações, mas baixando os manuais e arquivos das “Bolsas para Paz”, dá para tirar o processo de letra. Além de cursos de mestrado, eles tem um programa de curta duração bem interessante na Tailândia. Já fiz um intercâmbio de Rotary para a Austrália (GSE em inglês ou IGE no Brasil) e foi incrível! Neste caso, não se trata de estudo, mas de conhecer como se exerce a profissão no país visitado. O Rotary arca com passagens, estadia, alimentação. Cada distrito (região rotária) oferece o programa para um país parceiro: envia quatro profissionais e recebe outros quatro. São 30 dias apenas, mas valem por muito mais!

Com base nesta experiência em Down Under, fica mais uma dica para procurar bolsas, especialmente na área de meio ambiente e saúde, embora a lista de opções seja grande: a Austrália. Vá direto ao site das universidades e descubra quais cursos estão disponíveis. O governo tem bolsas próprias para estimular a formação em profissões em demanda e, depois de formado, as chances de virar cidadão australiano ficam bem altas. Vale a pena investir tempo percorrendo os sites de cada Universidade. São poucas as bolsas em cada instituição e os candidatos são de todo o mundo... mas alguém tem que levar, certo!

Dica de viagem: Encontrar o curso certo não é tarefa fácil, mas é preciso paciência. Ler muito – isso já ajuda a treinar o inglês para o Toefl – é a regra. Mas não se limite a um “curso dos sonhos” . Aqui na Alemanha, por exemplo, os programas podem ter variações: você escolhe matérias entre uma série de opções e pode formatar suas cadeiras de acordo com o que tem em mente para a Tese.


Herzliche Gruβe

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Como fazer uma boa carta de recomendação acadêmica


Muitos cursos de mestrado no exterior exigem cartas de recomendação de professores e empregadores. Além do histórico escolar, claro, elas são decisivas na escolha do candidato e, para isso, devem destacar seus pontos fortes. Quando solicitei as primeiras indicações aos professores, o conteúdo veio superficial ou incompleto. Então, mais uma vez, salva pelo Google e por exemplos de cartas espalhadas pela rede.

Encontrei um roteiro, mas não lembro onde e nem achei novamente pra citar a fonte (se alguém souber, providencio o crédito inicial). Com base nele, encaixei as informações solicitadas pelas universidades da Europa e divido o resultado para facilitar a vida de quem está planejando fazer mestrado no exterior. A primeira frase, já em inglês, é o destinatário padrão (o nosso “a quem possa interessar”).


To whom it may concern

O propósito desta carta é recomendar Fulano de tal como candidato (a) ao curso de mestrado Tal tal tal.

* Descrever de forma clara o perfil e o potencial do candidato. Cada adjetivo usado como habilidade do candidato deve ser justificado
Exemplo: Interesse pela pesquisa científica, apresentando conteúdos apurados em seus trabalhos acadêmicos no decorrer de todo o curso.

* Desde quando e em que circunstâncias conheceu o candidato.

Comparando a candidata a outros alunos e profissionais com quem tive contato nos últimos anos, quanto suas aptidão para estudos e pesquisas acadêmicas, (porque a candidata deve ser escolhida em detrimento de outros aplicantes).

Destaco ainda que o(a) candidato(a) apresenta

Exemplos:
Elevada capacidade intelectual
Alta motivação para estudos avançados
Capacidade de concentração aguçada para trabalhos individuais, ao mesmo tempo em que revela grande iniciativa, desempenho e liderança em atividades de equipe.
Tem facilidade de expressão escrita e oral
Em seu histórico acadêmico, sempre mostrou-se assídua e perseverante
Respeitosa e cativante nos relacionamentos com colegas e superiores


(Assinatura)
NOME COMPLETO
Titulação acadêmica /Cargo
Instituição
ENDEREÇO
TELEFONES: ramais de acesso rápido (+ 55 XX ????????)
E-MAIL para contato

PARA:
NOME DA INSTITUIÇÃO
FACULDADE / CENTRO DE CURSO
CURSO
COORDENADOR DE CURSO


Dica de viagem: Muitos professores podem encontrar dificuldades em elaborar a carta de recomendação em inglês. Ofereça ajuda sem medo de parecer impertinente: os meus, sempre aceitaram. Mande para eles o roteiro, de forma educada, como sugestão para facilitar a vida e peça que enviem a carta para você em português. Traduza a carta de forma fidedigna, mas não tenha medo de adaptar expressões idiomáticas e de buscar sinônimos técnicos mais adequados. Então, envie novamente o material para que seu professor revise e encaminhe via e-mail ao curso que solicita ou imprima, assine e carimbe para enviar para você. Para evitar atrasos, você pode pedir que eles digitalizem a carta depois de assinada e carimbada: dá tempo para mandar na application digital enquanto o correio faz a entrega do original (recurso que foi útil na greve dos Correios!).

Herzliche Grüβe

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Como se coloca a vida em duas malas?

Estou em contagem regressiva. Meu namorado foi na frente: de certa forma sou mulherzinha e adorei a idéia de chegar lá e ele estar me esperando. Então, a última semana foi dedicada aos preparativos da viagem dele e, agora, sozinha aqui, tento colocar a vida em duas malas. Desapego tem sido a palavra de ordem... Mesmo assim é difícil se desfazer mesmo dos pequenos badulaques. Tenho infinitos penduricalhos pela casa, quadrinhos de todo o tipo, porta-retratos, murais de fotos e sapatos... Ai, os sapatos...

Tenho mais dicas, sugestões e sites sobre como prepara os documentos para aplicar em uma universidade de fora... mas por enquanto, a maior dificuldade mesmo é colocar a vida toda em duas malas...

Enquanto não resolvo essa questão de física (dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço), faço uma pausa nos preparativos para agradecer o carinho dos amigos (blogueiros)... A Luciane Bemfica, o Fabio Jacques, a Aline e o Evandro Baron que dedicaram links e posts sobre essa aventura :)


Dica de viagem: Viajo de Floripa com a TAM... a empresa é parceira da TAP, Air France, Lufthansa, entre outras. Então, na hora do check in, fica a dica: peça para que suas malas sejam entregues apenas no destino final. Essa não é uma opção “padrão”. Normalmente, as bagagens são colocadas na esteira na primeira conexão do país de destino... mas se a viagem foi comprada “ponto-a-ponto” você pode solicitar essa facilidade sem nenhum custo a mais. Para viagens internacionais, são permitidas duas malas de 32 quilos. Qualquer volume extra – entre 1 kg e 32 kg – tem o mesmo custo: US$ 120,00.

Herzliche Grüβe

Escolha do curso (II)

Ainda sobre a escolha do curso, vão algumas dicas da Holanda Nos países baixos, o melhor caminho é o site do Nuffic, que oferece bolsas integrais, incluindo até mesmo o custeio da passagem. Para pleitear esse custeio, é preciso, inicialmente ser aprovado em uma universidade. No site do Nuffic está disponível a .lista de cursos que podem ser agraciados com a bolsa. São duas rodadas seletivas, uma com deadline em outubro e outra em fevereiro. Então, um breve passo-a-passo:

Procure a listas de cursos no site do Nuffic e, com os links, verifique as informações específicas direto no site da universidade escolhida. Mais uma vez, mande e-mails com as dúvidas. Na Holanda, boa parte das universidades não tem uma data de inscrição específica e aceita o envio dos formulários o ano todo. Você manda o application e espera uma resposta para, então, dar continuidade ao processo de pedido de bolsa. Fique atento para não perder o prazo de apresentação dos documentos: as datas limites valem para que a papelada esteja na embaixada da Holanda em Brasília. Dessa forma, é importante aplicar com bastante antecedência.

Depois de aceito no mestrado – não há limite para quantos você quer se inscrever, já que a inscrição é direta com cada universidade, mas é preciso escolher apenas um para submeter à bolsa – preencha a papelada específica da bolsa. Vale dizer que o empregador precisa assinar a papelada, concordando com a dispensa do funcionário durante o período do curso.


Dica de viagem: Na Holanda, fui aprovada na The Hague University: ou seja... a Universidade de Haia. Ainda não saiu a resposta da bolsa do Nuffic... então, fico no aguardo. É lá que fica o Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacional de Justiça, principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas. Uma cidade linda...

Herzliche Grüβe

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Segundo passo: escolha do curso (Alemanha I)

A palavra-chave para estudar no exterior é “international master”. Dessa forma são identificados os cursos em inglês oferecidos pelas universidades européias. Então, Google it! A gama de respostas vai ser imensa: vale associar alguma palavra que defina a área para restringir os resultados e, então, começa o garimpo. Como já foi dito, a Alemanha, Suécia, Dinamarca e Finlândia são alguns dos países em que não há mensalidade. Iniciar a busca por universidades dessas regiões aumenta a chance de êxito: mas não esqueça de verificar no site de cada uma o link sobre “ Fees”.

A senha pra ir adiante é: “no tution fees”. Fique atento aos prazos de inscrição: a maioria corresponde à data que o material deve estar na faculdade e não o carimbo do correio. No geral, os deadlines são entre janeiro e março para quem começa a estudar em outubro, mas as determinações variam em cada curso, mesmo dentro de uma mesma faculdade. Bom... esse post fica mais focado na Alemanha, mas logo divido as experiências com outros países também (já que consegui vagas na Suécia e Holanda).

Na Alemanha, um bom ponto de partida é o site do DAAD, o serviço acadêmico de intercâmbios. É possível fazer uma busca direta por região ou área (Clique aqui para ir direto para a pesquisa): os resultados são bem amplos, mas não representam a totalidade. Caso se interesse por alguma universidade em especial, pesquise diretamente o site da instituição: é possível que encontre outros cursos não atualizados no DAAD. Fique atento ainda para os requisitos de idioma: embora a busca por “international master” priorize as aulas em inglês, pode haver algum requisito de alemão já na matricula. Não custa mandar um e-mail para a coordenação e perguntar: nem todas as regras são 100% rígidas e, em alguns casos, se as aulas iniciais forem apenas em inglês, é possível conseguir uma exceção e apresentar a proficiência em alemão mais tarde.

Alias, perguntar é a regra. Prepare-se para escrever muitos e muitos e-mails. E mais: lembre-se que perguntar (de forma educada e gentil) não ofende e que e-mail não custa nada! Então, assim que achar um mestrado interessante – e depois de ler TODAS as informações disponíveis no site do DAAD e da universidade -, não hesite em escrever para esclarecer qualquer dúvida ou até mesmo questionar se o seu perfil é adequado ao programa. As respostas costumam levar de dois dias a uma semana: raríssimas vezes fiquei sem um retorno.

Dica de viagem: Embora os alemães sejam famosos por suas regras, os brasileiros compensam a rigidez com sua criatividade e simpatia. Por isso, se não cumprir 100% dos requisitos do mestrado, vale perguntar se pode aplicar da mesma maneira. Você pode se surpreender com as respostas! Dois exemplos: ainda não tinha feito o Toefl e estava com o teste agendado para depois do prazo final de inscrição. Perguntei se poderia me inscrever e enviar o resultado posteriormente. A resposta foi sim. Outro caso: um candidato não obteve a pontuação necessária no Toefl (faltou muito pouco) e perguntou se aceitavam ele mesmo sem cumprir tal requisito: também foi aprovado.


Herzliche Grüβe

De volta à nave-mãe

O nome desse blog é uma brincadeira… Sou de Blumenau, cidade catarinense fundada por imigrantes alemães em 1850. E entre os atuais 300 mil habitantes, sou mais uma descendente que ainda carrega a influência genética daqueles que cruzaram o oceano em busca de uma vida melhor e construíram uma cidade próspera.


Bom... em Blumenau, a Alemanha tornou-se, como passar dos anos, uma referência quase encantada: ainda se fala alemão nas casas e tudo o que vem da Alemanha é considerado melhor. Então, voltar à nave mãe é fazer o caminho inverso daqueles primeiros 17 imigrantes liderados por Hermann Bruno Otto Blumenau.


As primeiras postagens vão ser com pressa: sinônimo de quem não fez o que deveria ter feito no tempo certo. Mas são uma tentativa de “ensinar o caminho das pedras” pra quem também almeja um lugarzinho ao sol – ou na neve!! :P – do outro lado do oceano.


Dica de viagem:
Na foto que ilustra este post de estréia, o "castelinho" no centro de Blumenau, SC. Trata-se de um dos prédios mais fotografados da cidade. Foi construído pela família Schadrack na década de 70 para abrigar uma loja de departamentos (a Moellmann). O prédio é inspirado (quase uma réplica) na prefeitura da cidade alemã de
Michelstadt, uma hora ao sul de Frankfurt am Main)e atualmente, foi todo restaurado e abriga a loja de departamentos Havan.


Herzliche Grüβe!

Primeiro passo - Inglês

A Europa oferece (ainda) uma série de cursos de mestrado gratuitos e passar no processo seletivo não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Com o processo de integração dos países, os inglês tem se tornado a língua oficial das salas de aula. Alemanha, Suécia, Holanda, Dinamarca, Finlândia são alguns exemplos de países que internacionalizaram seus cursos.


Por isso, se falar alemão, excelente (ou sueco, ou holandês, etc): mas de nada adianta querer cruzar o oceano sem estar com o inglês na ponta da língua. Para isso, duas dicas: uma escola sempre ajuda (além de algumas particulares, estudei no SESC por um ano – é muito bom e barato!), mas a dedicação pessoal é que faz a diferença: assista filmes em inglês, com legendas em inglês. Ouça música em inglês e busque a letra delas até entender e saber cantar...


Para provar que aprendeu, as universidades exigem o teste Toefl: atualmente, o mais comum é o IBT (Internet Based Test), que vai de 0 a 120 pontos. As universidades exigem entre 79 e 95 pontos para mestrado. Para fazer a prova, registre-se no site oficial da ETS: custa US$ 175,00. Se souber a universidade que deseja aplicar, já pode solicitar o envio de quatro boletins com os resultados. Se não, pode fazer isso depois pagando US$ 17,00 por cópia. Algumas universidades aceitam cópia do seu próprio boletim, como veremos depois.


O teste não é complicado: fazer o simulado no site ajuda bastante (mas só está disponível depois de pagar a taxa!). A prova têm quatro partes: A primeira (Reading) você lê textos (4 ou 5) de conteúdo acadêmico (tem entre 15 e 40 linhas cada) e responde a questões de múltipla escolha (interpretação de texto e gramática estão associadas. Não há gramática pura na prova). Nesta primeira etapa a dica é: faça o mais rápido possível! Do contrário, não haverá tempo o suficiente para chegar ao final da prova (poucas pessoas conseguem) e entre as últimas questões estão algumas que valem mais pontos (também não adianta pular)!


Na seqüência você também responderá questões de assinalar, porém a partir de pequenos vídeos que assiste ou áudios: é o Listening. Na terceira parte (writing), textos e vídeos são a base para que desenvolva pequenos textos e redações, estabelecendo associações entre os conteúdos. Por fim ainda vai mostrar que sabe falar (Speaking) e, a partir de uma pergunta ou uma situação apresentada, deverá gravar suas respostas falando o que pensa ou o que entendeu do assunto proposto.



Dica de viagem:
Se estiver em Santa Catarina, NÃO faça o teste em Balneário Camboriú: o instituto que oferece a prova tem um espaço minúsculo e na etapa de Speaking é quase impossível se concentrar com alguém falando na sua frente. Conversei com outras pessoas que fizeram a prova e a conclusão é que, para os catarinenses, ainda vale ir para Curitiba.

Herzliche Grüβe!

Quem sou eu

Brasileira que vive na Alemanha. Jornalista, mestre em Mídia Digital. Ex moradora de Bremen e Berlin. Temporariamente moradora de Bonn e de Weimar, ao mesmo tempo. Futura moradora sabe lá mais onde. Meio nômade, como deu pra ver. Casada e feliz. Curiosa, chata, detalhista e afeita às críticas por puro achismo. Nem hipster, nem pop.
de volta à nave mãe - desde 2008 © Ivana Ebel