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domingo, 12 de outubro de 2008

Bolsas para mestrados em Portugal e na Espanha

Surgiu uma pergunta no Orkut na comunidade sobre Bolsas de Estudo no Exterior. Respondi por lá, mas transformei o conteúdo em um pequeno post para que mais gente possa ter acesso à informação. Bom, em primeiro lugar confesso que não pesquisei profundamente sobre mestrados na terrinha – nada contra Rafa! (minha irmã mora em Lisboa). Mas o que encontrei, não foi muito animador... ao menos na área de comunicação e artes, onde mantive o foco...

Por lá, existe o Instituto Camões, do governo português, que oferece bolsas... A Fundação Kalouste Gulbenkian também tem algumas opções para estudantes internacionais. No geral, é preciso inicialmente ser aprovado pela universidade para o mestrado e depois pedir a bolsa. Algumas que pesquisei cobra uma taxa de inscrição para olharem seus documentos.

Depois desta etapa é que se pode pedir a bolsa (existem exceções, fique atento!), mas nem todas cobrem integralmente o valor das mensalidades. Na Espanha é parecido e o processo mais popular é da Fundação Carolina. Os mestrados em Portugal e Espanha são 95% pagos... e bem pagos, especialmente para quem vive em real. Para cidadãos europeus, a coisa muda de figura Então, caso você tenha cidadania portuguesa ou qualquer outra européia vai encontrar muitos cursos gratuitos e terá sua vida facilitada na península ibérica.

No entanto, embora leia-se muito sobre parcerias educacionais entre Brasil e Portugal, acordos de cooperação, isso e aquilo, não há qualquer facilidade na hora de conquistar uma vaga pelo fato de ter passaporte brasileiro. Ao contrário, por causa do idioma, a concorrência com outros brasileiros é infinitamente maior. Reconhecimento de diploma para exercício da profissão, então, é um capítulo burocrático, logo e pedregoso à parte...

Bom, de qualquer forma, não adianta escolher Portugal ou Espanha apenas por não não dominar inglês. A internacionalização tem levado a Europa a mesclar idiomas e algumas matérias podem ser dadas por professores convidados em inglês. Mesmo que isso não ocorra, as faculdades pedem proficiência em Inglês como pré-requisito. Até mesmo no Brasil, para qualquer mestrado, é preciso saber um segundo idioma! Então, fica a dica, para quem já tem o Toefl, é muito mais fácil encontrar mestrados gratuitos em outros países do que em Portugal e Espanha. De qualquer forma, boa sorte aos navegantes!


Dica de viagem: Os acordos educacionais entre Brasil e Portugal são lindos... na teoria e, na maioria, permanecem nas gavetas assinamos, mas sem regulamentação para que possam ser efetivamente aplicados. Na prática, o que funciona melhor são as parcerias diretas entre universidades. Você buscar cursos de mestrado que tenham parcerias com universidades européias... Lisboa, Porto e Salamanca, na Espanha, estão entre os destinos mais comuns. É provável que você possa fazer um semestre ou um ano do mestrado fora por conta destes acordos internacionais e, dessa forma – mesmo em universidades particulares brasileiras – ficar isento da mensalidade.



Herzliche Grüβe

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Como preparar a Carta de Motivação

O caminho para estudar fora do país é duro, longo, mas se encarado passo-a-passo se torna menos assustador. Vamos por partes então: primeiro, estudar inglês e fazer o Toefl; segundo, escolher o curso; depois, conseguir as cartas de recomendação dos professores e, agora, preparar a famosa “carta de motivação”. Bom... essa requer especial atenção, já que poucas vezes você será chamado para uma entrevista pessoal. A carta é sua única chance de “falar” com o comitê de seleção e dizer quem você é e o que procura.

Cada curso apresenta uma espécie de “roteirinho” do que desejam: uns pedem um resumo do que você planeja estudar. Outros, pedem que você conte a experiência que tem nas áreas relacionadas. Independente disso, algumas dicas valem para todas as cartas:

- Mostre-se motivado com a proposta de estudo. Não repita a descrição do que você vai estudar: mas diga, de forma clara, o quanto cada tópico é relevante para sua carreira.

- Demonstre comprometimento: deixe claro que você quer, acima de tudo, estudar e que vai enfrentar qualquer desafio para dar o melhor de si.

- Fale de sua experiência como forma de agregar valor ao curso, mas deixe claro onde estão as lacunas (os gaps) de sua formação que serão preenchidos com o mestrado que pretende. Se souber tudo e for bom em tudo, não teria porque ir tão longe estudar, certo?

- Aponte experiências anteriores bem-sucedidas de forma sucinta. Não enrole, não coloque adjetivos demais. Adjetivos costumam ser bengalas para quem não tem conteúdo.

- Deixe claro que você está indo para estudar. Claro que o comitê de seleção sabe que uma experiência internacional agrega muito mais do que um mestrado em seu país natal. Por isso, só vale citar o quanto você quer ir para o tal país se isso tiver relação direta com seu foco de pesquisa: do contrário, vai parecer que você está mais preocupado em selecionar um destino turístico relacionado aos interesses pessoais do que ao tema a ser estudado.

- Por fim, deixe claro o motivo pelo qual você deve ser parte do programa. Não é preciso desmerecer ninguém: apenas mostre-se mais motivado, preparado, comprometido, informado e capaz do que os demais. Isso pode até parecer complicado no começo... mas depois de escrever e reescrever a carta umas dez vezes, você terá chegado a um bom termo.



Dica de viagem: Se não tiver o hábito de escrever em inglês, “pense” em português mesmo. Mas lembre-se de que não adianta fazer uma tradução literal do conteúdo. É preciso pesquisar os termos técnicos de cada área a fim de não falar uma besteira imensa. No mais, peça para algum amigo ler a carta. Peça ajuda para corrigir, afinal, na sua única chance de “falar”, você não quer cometer gafes, certo!??!?!



Herzliche Grüβe

Escolha do curso (III)

Ainda restam algumas cartas na manga na hora de escolher o curso no exterior. Fiquei devendo as informações da Suécia. Então vamos lá: eles têm um sistema de buscas para mestrados – a maioria de graça também –, inclusive com a opção de bolsas. Calma e dedicação nesse garimpo são o segredo. Vale o mesmo conselho das outras faculdades: nem todos os cursos estão na busca e na própria universidade é possível encontrar mais opções. Um destaque aqui: a Universidade de Estocolmo tem um centro de Língua Portuguesa (embora o site esteja em Sueco), que costuma ter vagas excedentes: entre em contato com a coordenação e veja que tipo de mestrado estão oferecendo. O foco é língua e literatura ibérica, mas de um semestre para o outro existem variações.

Bom, fica ainda o registro do MasterGuide.org: amplo, mas incompleto. Não deixe de verificar o site do Universia (é só fazer o cadastro para ter acesso às informações completas) e também do CNPQ. Para quem ainda está na universidade – ou já fazendo mestrado – os departamentos de relações internacionais muitas vezes oferecem um semestre ou ano no exterior. Esses processos pecam por uma melhor divulgação: mas como pouca gente fica sabendo, a concorrência também é menor.

Para quem é da área de humanas, meio ambiente e, em alguns casos, até mesmo da saúde, o Rotary oferece boas opções. Para participar é preciso ser apontado por um clube: procure algum da sua cidade, faça contato com o presidente e veja os prazos. Já vi situações em que os rotarianos não sabiam dar todas as informações, mas baixando os manuais e arquivos das “Bolsas para Paz”, dá para tirar o processo de letra. Além de cursos de mestrado, eles tem um programa de curta duração bem interessante na Tailândia. Já fiz um intercâmbio de Rotary para a Austrália (GSE em inglês ou IGE no Brasil) e foi incrível! Neste caso, não se trata de estudo, mas de conhecer como se exerce a profissão no país visitado. O Rotary arca com passagens, estadia, alimentação. Cada distrito (região rotária) oferece o programa para um país parceiro: envia quatro profissionais e recebe outros quatro. São 30 dias apenas, mas valem por muito mais!

Com base nesta experiência em Down Under, fica mais uma dica para procurar bolsas, especialmente na área de meio ambiente e saúde, embora a lista de opções seja grande: a Austrália. Vá direto ao site das universidades e descubra quais cursos estão disponíveis. O governo tem bolsas próprias para estimular a formação em profissões em demanda e, depois de formado, as chances de virar cidadão australiano ficam bem altas. Vale a pena investir tempo percorrendo os sites de cada Universidade. São poucas as bolsas em cada instituição e os candidatos são de todo o mundo... mas alguém tem que levar, certo!

Dica de viagem: Encontrar o curso certo não é tarefa fácil, mas é preciso paciência. Ler muito – isso já ajuda a treinar o inglês para o Toefl – é a regra. Mas não se limite a um “curso dos sonhos” . Aqui na Alemanha, por exemplo, os programas podem ter variações: você escolhe matérias entre uma série de opções e pode formatar suas cadeiras de acordo com o que tem em mente para a Tese.


Herzliche Gruβe
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