de volta à nave mãe: home
Home Home by Ivana Ebel Facebook Twitter E-Mail

menu

Estudar fora Sobre a Alemanha Viagens & turismo
Nonsense Receitas Jornalismo

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Viver fora: 10 coisas que eu amo e 10 coisas que eu odeio na Alemanha:

Nem amor nem ódio: só achei a cara "azeda" da Merkel-espremedor engraçada

Depois de vários anos morando fora, fica fácil descobrir o que a gente ama ou odeia em outro país. Nos primeiros anos o deslumbramento borra a avaliação, mas quando chega a fase da rotina e da calmaria, fica mais fácil separar as coisas. Eu já fiz minha lista:

Amor, amor!

1 – Dias longos de verão
Acho que essa é uma das coisas que eu mais gosto por aqui. Me sinto vingada pelo inverno longo e escuro. No verão, as 5 da manhã o dia já está claro e a noite chega para valer depois das 22:00. Quer época melhor do que essa para fazer churrascos na rua, conhecer outras cidades e ter luz para fotografar até tarde? O verão na Alemanha é mágico.

2 – Flohmarket
Os mercados de pulgas são fascinantes. Vendem tudo o que a gente precisa e melhor, tudo o que a gente não precisa. Uma coleção de quinquilharias para todos os gostos, objetos usados e, no meio do caos, tendas de jovens artistas de designers vendendo suas peças diretamente para o público. Esses mercados são o único lugar da Alemanha onde se pode barganhar preços. Aliás, a pechincha é uma regra nesses casos.

3 – Jardins e parques por todos os lados
Nunca conheci outro país no mundo com tanto espaço para as pessoas. E olha que já viajei bastante. Por aqui qualquer esquina vira um parque e mesmo as áreas de maior urbanização são cheias de árvores e com banquinhos para sentar uns minutos ao sol. Em volta da minha casa em Berlim são ao menos sete parques: do gigante Tiergarten aos menorzinhos. Isso sem contar as pracinhas com brinquedos para as crianças. Em todos os lugares que morei na Alemanha, nunca estive a mais de um quilômetro de uma área verde: elas estão por todos os cantos.

4 – Transporte coletivo
Nunca precisei de carro aqui e não tenho o menor desejo de comprar um, mesmo que eles custem muito, muito menos que no Brasil. Eu simplesmente não preciso. O transporte coletivo é variado e em Berlim é especialmente eficiente. É o melhor que já usei no mundo, sem puxa-saquismo. Nunca corro para pegar um metrô: o próximo leva menos de cinco minutos. Além disso, o transporte é 24 horas todos os dias: o metrô fecha, mas os ônibus circulam a noite toda.

5 – Mercados de Natal
Sou apaixonada pelo Natal na Alemanha. É lindo demais. E quem nunca viu, não sabe o que é sentir o clima de Natal de verdade. Todas as cidades do país têm seus mercados. Em muitas, mais de um. As barraquinhas oferecem presentes, enfeites e, sobretudo, comidas típicas dessa época do ano. No ar, reina um cheiro devinho quente com especiarias e amêndoas carameladas. Nos dias de neve a coisa toda parece um conto de fadas.

6 – Segurança
Existe criminalidade na Alemanhas sim e as bicicletas que o digam. Roubo de bicicletas é muito, muito comum. Existem batedores de carteira também. Em Berlim, um crime frequente são as surras aleatórias: um grupo escolhe uma pessoa qualquer na madrugada e bate, bate muito, levando a vítima (que geralmente não tem qualquer relação com o agressor) ao hospital. Mas apesar disso tudo eu me sinto segura por aqui. Eu não preciso ficar olhando para trás a noite quando ando na rua. Posso sacar dinheiro no caixa eletrônico sem me preocupar. Uso meu celular no transporte coletivo, leio em uma tablet e não vou ser assaltada por isso na próxima esquina. Também não vou sofrer um sequestro relâmpago e ninguém vai me prender no banheiro enquanto rouba a minha casa. Essa sensação de segurança não tem preço.

7 – Correios
O Correio aqui também é um banco. Por acaso, o meu banco. Mas não é por isso que gosto. O que me deixa feliz é saber que existem concorrentes e posso escolher como enviar minhas coisas pra lá e pra cá. O serviço aqui funciona muito rápido: uma caixa de uma cidade A para B chega no dia seguinte e custa muito pouco. O sistema de entrega também é bacana: se você não está em casa, deixam a encomenda com um vizinho e um bilhete na sua caixa do correio avisando quem está com a encomenda. Além disso, você pode escolher por receber em uma estação de pacotes: recebe em casa um código e vai até a estação – que tem um monte de armários como aqueles de rodoviária –, digita os números em um computador e a porta do compartimento da sua encomenda se abre: 24 horas por dia.

8 – Ciclovias
Mesmo com o transporte coletivo impecável, ninguém precisa usar os serviços. Uma rede de ciclovia se espalha pelo país inteiro, com rotas intermunicipais e espaços para ciclistas em todas as ruas de todas as cidades. Você tem preferência quando está pedalando: os carros param para você passar. Existem normas de como pedalar, equipamentos de segurança obrigatórios e um número relativamente baixo de acidentes se comparado com o volume de ciclistas em todo o país. Uma bicicleta é um objeto fundamental na vida de quem mora nesse país e as crianças aprendem sua importância desde o momento que começam a andar. Primeiro, com bicicletas sem pedal, só para treinar o equilíbrio. E ai, com menos de três anos já estão pedalando pelas ruas também.

9 – Horários
Pontualidade é uma coisa que me comove. Eu odeio esperar, odeio gente atrasada e a Alemanha me faz feliz nesse aspecto. Eu acho que cumprir horários é uma questão de respeito: é como dizer que eu sei que seu tempo vale tanto quanto o meu. Isso por aqui é lei: todo mundo chega na hora e, quando não, avisa imediatamente que vai se atrasar cinco ou dez minutos. Mais do que isso ninguém se atrasa. Isso vale também para o horário de trabalho. É lenda dizer que os alemães trabalham muito: na verdade eles trabalham menos horas que os brasileiros, mas são muito mais focados – e por isso mais eficazes – do que nós. Quando estão no trabalho estão realmente fazendo o que tem que fazer, sem distrações e, por isso, quando termina o expediente, levantam e vão embora. Fazer horas a mais – com raras exceções – significa que você não foi eficaz o suficiente para fazer tudo o que deveria nas horas previstas.

10 – Ordnung
Esse é meu caso de amor e ódio. Falo aqui das coisas boas e depois dos aspectos negativos. Para tudo aqui existe uma regra e para viver em harmonia basta seguir o que está planejado previamente. Isso me comove e torna a vida muito mais fácil. Meu marido sempre brinca e diz que na Alemanha não se precisa pensar: é só ler o manual, porque alguém já previu a situação e pensou em uma saída pra ela. Concordo plenamente e essa organização me da uma sensação de controle muito grande sobre a vida.

11 – (Bonus track!) Silêncio
Eu nunca me dei conta do quanto aprecio o silêncio até conhece-lo de verdade. O Brasil é muito, muito barulhento: tem sempre alguém berrando, um carro buzinando, um vizinho ouvindo uma música horrorosa em um volume que perturba o bairro inteiro. Por aqui, barulho é sinônimo de agressão e todo mundo tenta ser o mais silencioso possível. Eu moro no centro de Berlim e cada vez que abro a minha janela, a única coisa que escuto são passarinhos. E isso acontece pelas ruas também: o canto dos passarinhos na primavera é mais alto que o som dos carros. E mais: nas casas, a televisão não fica ligada o dia inteiro, como se fosse o membro mais importante da família. Aliás, muita gente sequer tem televisão em casa e poder conversar sem disputar o volume com o aparelho já traz uma tranquilidade sem tamanho.

Ai que ódio!

1 – Tudo fecha aos domingos
Todo o sábado os supermercados se transformam em uma praça de guerra. Quem deixa pra ir depois do almoço já sabe que pode ficar sem muitos dos produtos, uma vez que não existe o padrão de repor mercadorias o tempo todo nos mercados. No domingo, nada abre. Em Berlim, a maior cidade da Alemanha, é possível contar em uma mão os mercados que trabalham. Já no interior, nenhum. Se esqueceu de um dos ingredientes da receita, o negócio é mudar o cardápio, por que não se acha.

2 – Cinema dublado
Todo o filme que passa no cinema alemão é dublado. No Brasil esse costume horroroso tem avançado e sinto uma pena imensa. Metade da atuação de alguém - ou mais!- está na voz e juro que até o Brad Pitt fica feio quando abre a boca e sai alemão. Eu amo cinema, mas vou pouco por aqui por conta da falta de opção de títulos com som original. Em Berlim a coisa é menos pior, mas no interior do país, nunca se acha.

3 – Sistema bancário
O sistema bancário alemão vive no século passado. É lerdo, muito lerdo. Depósitos não entram imediatamente na conta, transferências levam dias, pagamentos feitos com cartão de débito não caem na hora. Os serviços não são tão caros, os juros não chegam nem perto dos brasileiros, mas a lentidão me chateia. A única coisa boa é que quase todos os serviços podem ser feitos pela internet e assim nunca preciso enfrentar as filas da agência.

4 – Furadores de fila
Falando em filas... Acho que furar fila é o esporte nacional favorito dos alemães. Nunca vi nada assim no mundo. Eles têm uma cara de pau sem paralelos. Chegam pela lateral e vão se enfiando até que alguém berre reclamando. Se não berrar, eles ficam. E a prática começa cedo! Outro dia estava em uma loja de rede, em um sábado (nunca faça isso!) esperando para provar umas roupas. Uma adolescente veio pelo lado e foi se enfiando, entrando pelo corredor para “ver se todos os provadores estavam mesmo ocupados”. Soltei a brasileira que vive comportada dentro de mim e mandei a fulana para o fim da fila perguntando se a mãe dela não tinha dado educação. Depois pensei que a mãe dela deveria estar, naquele momento, tentando furar a fila de um caixa de supermercado.

5 – Gema
Leia Guêma. É o Ecad da Alemanha e eles aparecem na sua vida a todo o momento. Sabe porquê? Por que cada vídeo do Youtube precisa ser liberado por eles através de um acordo com a gravadora. Então, 80% de todos os vídeos que meus amigos compartilham nas redes sociais... tchã! Não consigo ver. Claro que sempre tem como dar um jeitinho, mas vai que alguém conta para Gema.

6- Inverno longo e escuro
O inverno aqui é quase infinito. Em setembro se começa a usar uma blusinha e a blusinha só sai do corpo depois da metade de maio. Ou seja, são pelo menos oito meses por ano com uma camada a mais de roupa. Camiseta e braços de fora, em poucos dias e raras noites. Mesmo no verão é melhor levar a tal da blusinha. Mas isso não é o pior. Que tal dias em que o sol nasce só perto das 9:00 e as 15:00 está se despedindo? Bem-vindo a Alemanha. A escuridão me deixa com a sensação de ter tido o meu dia roubado e isso me deixa mais pra baixo do que as temperaturas negativas.

7 – Televisão
Nunca fui a pessoa mais aficionada por televisão na vida, mas a tv aberta na Alemanha não é ruim: é pior. As primeiras vezes que eu liguei achei que estava vendo algum especial dos anos 80, mas depois me acostumei que a estética é assim, digamos, peculiar. Filmes antigos estão em todos os canais (dublados, claro!), seguidos de documentários mais velhos ainda, sempre sobre a guerra. Os jogos de futebol são o maior sonífero: o narrador fala duas palavras a cada cinco minutos e você acha que o som da televisão estragou. E tudo isso custa caro. Não ia me importar com a qualidade se eu não tivesse que pagar um imposto pelo serviço, mesmo que eu nunca – ou raramente! – use. São quase 18 euros por mês, obrigatórios e debitados em conta a cada três meses. E quem não paga pode ser fiscalizado e multado.

8 – Egoísmo
No Brasil tudo se partilha. Você ganha um chocolate, tem que oferecer para quem está por perto. Você compra um pacote de chiclete? Pega um e esquece do resto. Por aqui não. Ninguém oferece nada, nunca. E quando você oferece as pessoas não sabem muito o que fazer. Essa coisa do egoísmo é, na verdade, individualismo. Já vi casais (felizes e bem casados) em que cada um lava a sua própria roupa: eu acho que a tarefa é responsabilidade dos dois, mas seria menos complicado revezar de quem é a vez de lavar tudo, não acham? Outra coisa comum por aqui é a pessoa sentar no banco do trem ou do ônibus e colocar qualquer coisa para ocupar o banco do lado: uma mochila, um casaco, o que estiver à mão. Assim, quem quiser sentar tem que pedir para que o ser humano em questão remova seus pertences e vai ganhar uma olhada feia em resposta quase sempre. É normal o trem estar razoavelmente cheio e ninguém se dar ao trabalho de abordar o “dono do espaço”. Eu peço e ainda dou um sorrisinho pra cara feia.

9 – Erdnuss flips e Rumkugel     
E aí você vai na festinha dos seus amigos estudantes e quando chega lá encontra aquela bacia cheia de chips, aqueles amarelos, que passou a infância comendo. É um momento de felicidade, sempre. Um reencontro com a infância. Até encher a mão e levar os primeiros a boca. Difícil mesmo é não ter nenhum lugar por perto para cuspir. Os tais salgadinhos amarelinhos, tão iguaizinhos aos nossos, são uma fraude! Eles têm sabor artificial de amendoim. Um viva (SQN!) para quem inventou essa porcaria. E outro viva para quem teve o dom de avacalhar com a sagrada receita do brigadeiro. Por aqui existem as tais das Rumkugeln, ou seja, bolinhas de rum. Elas são exatamente iguais aos nossos brigadeiros, mas vem em caixinhas ou saquinhos, sem as forminhas. Tudo lindo até o momento de pôr na boca e sentir aquele sabor forte de álcool e um doce que nem doce sabe ser. A propósito, nesse caso existe o outro lado da moeda. Os alemães olham nossos brigadeiros e pensam: oba, Rumkugel! Gosto não se discute... E aí colocam na boca e tem uma crise diabética: a maioria detesta porque acha doce, doce, mas doce demais.

10 – Ordnung

Meu caso de amor e ódio com a Alemanha está aqui na lista também. Se por um lado é muito bom que existam regras para tudo, por outro a margem de manobra para a criatividade é muito pequena. Espontaneidade é quase proibida por aqui, já que fazer qualquer coisa sem pedir a autorização meses antes, sem avisar, sem convidar é fora da lei. E nem pense em bater na casa de alguém dizendo que estava passando pela rua e resolveu visitar. Está fora do Ordnung. Sabe aquele parque lindo do lado da sua casa, perfeito para um piquenique e um churrasquinho? Não pode, o Ordnung não permite. Essa palavrinha significa muito mais do que regras, é o status quo de um país que não sabe o que fazer quando a vida cria situações que não estão nos manuais.

11 comentários:

bruna disse...

maravilhosoooooo
me identifico muito!
Aliás eu tinha em mente escrever um texto desses (com minha visão hoje - 6 anos de Alemanha - sobre morar aqui) e várias das coisas que vc comenta tb me pegam de jeito: especialmente o silêncio e Ordnung. Esta falta de caos… Eu preciso de um pouco de caos pra viver!
Olha, parabéns. Ficou muito bom mesmo!

Nicole disse...

Adorei sua lista, Ivana! Seus textos são sempre incríveis.

Concordo com você principalmente em dois pontos do "hate" list:
- GEMA. Minha noção de inferno é um lugar GEMA-run-wild.
- domingo = dia morto.

E a taxa-pela-tv-ruim também é uma desgraça, convenhamos.

Beijo!

Paula disse...

Discordo da 7, da 9 e da 11. Vivo tendo problemas com os correios, que nunca deixam a bendita emnsagem amarelinha informando que vc recebeu a encomenda e tem que buscar.
Pontualidade sí, pero no mucho. Vc marca uma consulta com um médico às 9h e nunca é atendido antes das 9:30.
Silêncio: me dá deprê. Por isso gosto de viver em bairro de imigrante, onde tem música, crianças brincando, vizinhos dando barraco e festas à noite - e ninguem chama a polícia :)

Adicionaria os morangos e cerejas da primavera nos "Amo!"

Unknown disse...

Uma coisa que eu gosto aqui na ALemanha é a confianca que eles tem um com o outro e uma coisa que ODEIO é música pop alemä (Schlager) e radios alemas.
Adorei o post

E.S. disse...

kkkkkkkkk, mais uma descrição incrível! "Metade da atuação de alguém - ou mais!- está na voz e juro que até o Brad Pitt fica feio quando abre a boca e sai alemão." Olha, isso é uma das coisas que também me irritam aqui. É muito feeeeeio! E outra coisa que acho muita "frescura" (pelo menos aqui na casa de meu sogro é assim): sempre se come a salada em prato fundo e depois usa-se outro prato (raso) para comer a refeição principal... Para mim não faz a menor diferença, por quê não comer tudo no mesmo prato raso?! :-/

Por Enquanto... disse...

Bacana sua visão sobre o modo de vida alemão. Aprendi.

Renata Inforzato disse...

Eu moro numa cidade perto de Paris que é silenciosa e adoro!!! Para mim, fazer barulho é desrespeitar o outro, é não ter noção de cidadania e invadir o espaço alheio. A sua lista é muito parecida com o que vivo aqui. Que interessante!!!! bjs

Unknown disse...

OI Ivana!
Estou prestes a ir embora pra alemanha, dia 12 de julho. estou sentindo falta das suas postagens que me dão uma ajuda imensa! rs

Joana disse...

Vivo na Suécia e a minha lista de "amores" é muito parecida à sua. Acho que são países parecidos em muitos aspectos. Beijos

P.S. Este verão visitei Berlim a um domingo e confirmo, estava tudo fechado!

Ita & Sara disse...

ahaha adorei sua lista Ivana!!

Estou a menos de um mês na Alemanha e a primeira coisa q reparei foi o tal do fura fila.... E olha q nem era uma fila! Eu e meu namorado estávamos esperando pra comprar o ticket do onibus no aeroporto de Tegel (nao lembro se é assim que escreve) e o cara simplesmente entrou na nossa frente e pronto. Quanto às pessoas colocarem sacolas do lado também me indentifiquei muito, nós moramos em Chemnitz, e já percebi que qse ninguém senta do lado do desconhecido, mesmo q ele não tenha colocado a sacolinha no asento ao lado...



Muito bom seu blog! Estou ansiosa para fazer a feijoada :D

bjo!

Deia disse...

Adorei!! Amo tdo oq vc falou... Me identifiquei! Mas essa coisa do Ordunung é meio regional...Moro em Hessen e aqui as pessoas chegam na sua casa p/ tomar um café ou vc vai na delas sem avisar.
Eu amo o Ordunung mas uma coisa que eu odeioo é a falta de educação deles qdo vc pergunta algo que vai contra as regras ou não tem regras estabelecidas. Por exemplo, uma vez perguntei p/ uma funcionária da DBahn se podia comer meu lanche (próprio) lá no restaurante e tomar uma coca comprada ela começou a gritar que não e tals. Outra vez, na escola (onde estudei por mto tempo) eles decidiram ter um "Sprechenzeit" que antes não tinha. Dai fui perguntar (fora do horário) se precisaria ir no horário p/ eles emitirem um papel dizendo que estudei lá. A funcionária começou a gritar comigo perguntando se eu não tinha lido...hahahaha. Dai foi o dia q percebi que me adaptei...comecei a gritar tb (c/ educação...rsrs). Hoje em dia já não me surpreende. No mais ODEIO c/ tda minha força filme traduzido e morro de medo da GEMA, motivo que me faz usar até o youtube c/ palpitadas no coração.

de volta à nave mãe - desde 2008 © Ivana Ebel